As rações balanceadas – ou simplesmente rações – para cães e para gatos, assim como também as destinadas a outras espécies animais, não são produtos simples, mas ao contrário, encerram alta tecnologia na sua fabricação.
Com exceção dos profissionais do ramo, muito pouca gente sabe o trabalho que dá e quanto custa desenvolver e fabricar uma boa ração, indispensável para garantir a saúde, o bem estar e a longevidade do seu animal.
Os investimentos em pesquisa feitos pelas fábricas, no Brasil ou no exterior, são muito grandes e o tempo gasto até que um novo produto seja desenvolvido, testado e aprovado, também.
Desde a escolha e análise das matérias-primas até chegar ao produto final com qualidade garantida, muitos especialistas trabalham, contando com equipamentos de ponta e consumindo muito dinheiro.
E quais são as matérias-primas utilizadas? Quais os ingredientes que compõem uma ração? São, basicamente, de duas naturezas: os macroelementos (do grego, makrós=grande), que participam da composição em grande volume, e os microelementos (do grego, mícron=pequeno), que, embora absolutamente indispensáveis, são usados em pequenas ou muito pequenas quantidades. E aí já há uma grande dificuldade, que é incorporar quantidades mínimas de elementos fundamentais em grandes quantidades de macroelementos para obter uma mistura homogênea. Somente equipamentos e técnicas especiais possibilitam que isso seja feito e a mistura aprovada em análises que os laboratórios oficiais realizam em defesa do consumidor, ou as próprias fábricas, na defesa do bom nome das suas marcas.
E quais são os macro e os microelementos utilizados numa ração de boa qualidade? São muitos. Os seguintes são bons exemplos (apenas exemplos) de matérias-primas que entram em grandes proporções nas rações de cães e de gatos (que são muito diferentes): farinha de carne de aves desidratada, óleo de salmão, arroz quebrado, milho integral moído, glúten de milho, vegetais desidratados, gordura animal estabilizada, óleo de soja, óleo de peixe refinado, ovo em pó, polpa de vegetais, levedura de cervejaria e várias outras. Quanto aos microelementos, são basicamente as vitaminas, os sais minerais e diversos aditivos como os probióticos, os antibióticos (em casos especiais) e os antioxidantes, além dos incorporados em necessidades especiais.
As rações de cães são diferentes das rações de gatos porque as necessidades nutritivas não são iguais, embora sejam ambas espécies de mamíferos carnívoros. E isso suscita uma grande confusão resumida na pergunta: se são carnívoros porque não basta alimentá-los com carne crua? Por dois motivos principais: o primeiro é que na natureza, ao comer a caça, os lobos e os felinos selvagens, dos quais descendem os cães e os gatos domésticos, eles comem também as vísceras e o conteúdo intestinal que são muito ricos em vitaminas, sais minerais e outros elementos fundamentais para uma boa nutrição.
Além das rações para cães e para gatos serem diferentes, existem fórmulas especiais para as diversas situações de idade e de doenças, além de formas de apresentação (secas, pastosas, etc).
A conclusão é que logo após de desmamados, se você quiser criar e manter cães e gatos saudáveis, deverá alimentá-los exclusivamente com rações de boa qualidade, evitando comida caseira, guloseimas e petiscos que não sejam próprios para essas duas espécies de animais.