O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estabeleceram acordo de parceria para validação de tecnologias para a diagnose da doença do mormo. Trata-se de enfermidade infecciosa que atinge principalmente os equídeos (entre eles o cavalo e o burro) e pode causar grandes prejuízos aos criadores de cavalos, pois o sacrifício dos animais infectados é obrigatório.
O Brasil possui o terceiro maior rebanho de equinos no mundo e o maior da América Latina. Por isso, um diagnóstico preciso, por meio de exames de sangue, é fundamental para se fazer estudos epidemiológicos e estabelecer políticas públicas que promovam o estabelecimento de regiões livres da doença, considerada uma zoonose, por também atingir seres humanos.
Causada pela bactéria Burkholderia mallei, a doença é transmitida pelo contato com o material infectante, tanto diretamente com secreções do doente, quanto indiretamente por meio de bebedouros, comedouros ou equipamentos contaminados.
O mormo normalmente se manifesta logo após a infecção. Não há tratamento e o animal precisa ser sacrificado e cremado no local onde estava.
É uma doença de fácil disseminação de cavalo para cavalo. Se ocorrer um surto da doença, é necessário sacrificar um grande número de animais, porque também não existe vacina para sua erradicação.