Especialista cita alguns exemplos e como identificá-los
Bastante comuns em cães, as verminoses costumam acometer, especialmente, aqueles que passam muito tempo ao ar livre ou em ambientes onde estão expostos a parasitas. São vários tipos de vermes que podem afetar os pets, incluindo nemátodeos (vermes redondos), cestódeos (vermes chatos) e protozoários (como a Giardia lamblia).
Em geral, a maior parte das contaminações dos pets acontece por via oral-fecal, quando o animal entra em contato com fezes ou objetos que estejam contaminados com ovos ou larvas de verme, e até mesmo via transplacentária (da fêmea prenhe para o filhote).
Para auxiliar os tutores na identificação do problema, a médica veterinária e Gerente de Produto da Unidade de Animais de Companhia da Ceva Saúde Animal, Marina Tiba, listou os cinco sinais mais comuns apresentados pelos pets.
Sintomas a serem observados
Segundo ela, os sintomas de verminoses podem variar, por isso, é preciso ficar atento às reações dos animais no dia a dia. Como primeiro sinal, Marina cita a diarreia. “Caso o pet esteja com as fezes pastosas ou líquidas, a diarreia pode estar acontecendo pela presença de vermes no intestino, liberando substâncias que irritam a mucosa intestinal. Normalmente é o primeiro sinal perceptível de uma verminose”, destaca.
Outro sinal a ser observado, segundo a especialista, e a apatia, pois, quando os parasitas se instalam na parede do intestino, eles sugam nutrientes e sais minerais do organismo do pet, deixando-o desanimado e sem energia. Além disso, os vermes no intestino podem causar cólicas abdominais, e também colaboram para que o animal fique apático.
Perda de peso e aumento do abdômen também são consequência da pouca absorção dos nutrientes e sais minerais, já que a parede intestinal apresenta algumas lesões causadas pelos vermes e eles competem pelos nutrientes com o pet. “Nos filhotes, a competição por nutrientes acaba diminuindo a quantidade de proteína no sangue e ocasionando a famosa barriguinha de vermes”, alerta.
Marina ainda destaca outros dois sintomas, como a anemia, que pode ser percebida de diversas formas: mucosas ao redor dos olhos e gengivas de coloração pálida, pelagem opaca e ressecada, queda excessiva de pelos e, por fim, os vômitos, que só ocorrem quando o animal tem uma grande quantidade de vermes em seu organismo, com um o nível de toxinas sendo liberadas.
“A prevenção é a melhor estratégia para manter os animais protegidos. Para isso, é preciso investir na vermifugação periódica. No caso dos cães filhotes, o procedimento deve ser realizado logo nas primeiras semanas de vida. Já nos animais adultos, o protocolo dependerá do estilo de vida do animal e da avaliação do médico-veterinário. O mais indicado é que o procedimento seja realizado a cada três ou seis meses”, conclui a veterinária.