O Instituto de Zootecnia (IZ/Apta), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, desenvolveu um teste molecular para a identificação rápida e precisa de fraude de leite de vaca em amostras de leite de búfala, para certificar a pureza dos produtos.
A iniciativa é uma parceria do IZ com o laticínio Bom Destino, de Minas Gerais, e tem como objetivo identificar produtos adulterados, ou seja, que não contenham apenas o leite de búfalas, uma vez que as amostras de leite e derivados lácteos de diversos tipos de queijo, como a mozzarella de búfala, por exemplo, podem sofrer adulterações durante o processamento.
Segundo o pesquisador Anibal Eugênio Vercesi Filho, diretor do Laboratório de Genética do IZ, a metodologia avaliou diluições decrescentes seriadas do número de cópias de DNA de bovino em amostras de DNA de leite de búfalas, possibilitando detectar a sensibilidade exata do teste. “Assim, tanto amostras de DNA de búfalos quanto amostras de DNA de bovinos apresentaram quantidades de DNA exatas para, posteriormente, serem avaliadas para a identificação da fraude”, informa o pesquisador.
Ele acrescenta que, no Brasil, com a alta demanda pelos derivados de leite de búfalas e diante da ilegalidade de alguns produtores e laticínios, há produtos impuros que podem ser comercializados direta ou indiretamente, possuindo quantidades variáveis de leite de vaca durante a fabricação. “Com o crescimento da comercialização do queijo de búfalas, é preciso promover análises e certificações, para garantir a qualidade e pureza dos produtos”, acrescenta o diretor do IZ.