L-carnitina atende às exigências nutricionais de todos os tipos de cavalos, inclusive os com Síndrome Metabólica Equina

Estudos recentes apontam que incluir o complexo de aminoácidos L-carnitina na dieta dos equinos de alta perfomance, além de suprir as necessidades nutricionais desses animais, ainda auxilia na prevenção da Síndrome Metabólica Equina (SME), uma condição endócrina que afeta a capacidade dos equinos de regularem os níveis de insulina no sangue, caracterizada por obesidade, resistência à insulina e laminite (doença nos cascos).

Conforme explica a médica-veterinária, Claudia Ceola, o uso desse complexo de aminoácidos é essencial, pois essa suplementação, além de otimizar o aproveitamento energético das gorduras, contribui para a redução da fadiga muscular, favorecendo o desempenho físico e auxiliando na queima calórica.

“Esse efeito é especialmente relevante em cavalos com SME, e precisam ter dietas baixíssimas em amido. Sendo assim a fonte de energia deles virá das fibras e das gorduras (extrato etéreo), que ajuda na manutenção de um escore corporal adequado, promovendo saúde metabólica de forma eficiente e segura”, explica a especialista.

Desafios

De acordo com a veterinária, o maior desafio na nutrição de cavalos está em atender às necessidades de animais de alta performance. Como é necessário reduzir a quantidade de amido na dieta — especialmente por questões metabólicas —, surge a preocupação de como manter um bom escore corporal desses animais. “Cavalos atletas precisam não apenas de energia suficiente para o trabalho diário, mas também de uma boa condição corporal para competir em alto nível”, observa.

Nesse cenário, o uso de fontes de gordura (extrato etéreo) se torna fundamental. As gorduras passam a ser a principal fonte de energia da dieta, complementadas pelas fibras, que além de favorecerem a saúde intestinal, também estimulam a microbiota a produzir energia de forma mais eficiente.

“A L-carnitina tem um papel essencial nesse processo, pois otimiza o uso das gorduras como fonte de energia e ainda melhora o metabolismo geral do animal. Ela também favorece a ação da microbiota intestinal, ajudando na produção e aproveitamento da energia necessária para a performance e para a manutenção do escore corporal ideal”, acrescenta Cláudia.

Por fim a veterinária relata que os ajustes nutricionais vêm sendo estudados cada vez mais, já que um dos fatores mais importantes para o tratamento da SME é o manejo alimentar. “Muitos trabalhos estão sendo realizados com esse foco para que possamos ter melhora na saúde e bem-estar dos animais que apresentam a enfermidade”, conclui.

Por André Casagrande. Com informações da Guabi Nutrição e Saúde Animal
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