Por Luiz Octavio Pires Leal, editor

Os cães do frio extremo vivem, principalmente, no Alasca e sua função principal é puxar trenós.

Apesar dos snow-cars , aquelas lambretas que a gente vê na TV, dotadas de lagartas, muito mais rápidas e confortáveis, os trenós puxados por diversas parelhas de cães, continuam prestando bons serviços.

Trata-se de um sistema muito antigo e eficiente sem o qual a vida de grande parte daquela imensa região seria inviável.

Mas, o treinamento desses cães, geralmente da raça Husky Siberiana é complicado e exide adestradores especializados.

Eles precisam adquirir capacidades difíceis, como, por exemplo, urinar enquanto correm. E a própria colocação dos cães puxadores do trenó não é feita ao acaso. O mais importante deles é o chamado cão-chefe, que é o que mais entende e melhor obedece as diferentes ordens de comando. E também tem autoridade sobre os outros cães. Os que são atrelados na primeira fila, ou seja, imediatamente na frente do trenó são os wheellers,escolhidos por serem os mais fortes, ao que são capazes de maior tração e que agüentam a fzer mais esforço durante mais tempo.

Parte das decisões que precisam ser tomadas durante o percurso, como escolher o melhor trajeto, evitar obstáculos, como as fendas, é tomada pelo condutor, através de gritos de comando, mas uma parte importante é iniciativa do cão-chefe.

Dependendo da quantidade de cães usados na tração do trenó, uma cão que tenha aptidão especial para essa tarefa é colocado atrás ou ao lado do cão-chefe.
O treinamento dos cães de trenó, em suas diversas especialidades, é demorado e exige muita paciência e técnica, inclusive para que eles sintam prazer em executar as suas funções e nunca a considerem um castigo.

A alimentação também é especial para que possam suportar as baixas temperaturas. Entre outras características precisam ter alto teor de proteínas, o que é conseguido com generosas quantidades de carne de rena.