Essa pode ser uma boa opção desde que você entenda que para ser um profissional competente nessa área, será preciso estudar e praticar muito, sob um bom orientador.
Um bom cavalo de corrida, custa milhões de reais e nenhum proprietário, por mais abonado financeiramente que seja, vai querer confiar sua preciosidade a um profissional inexperiente.
Com os novos recursos – que não estão presentes em todos hospitais veterinários – essa especialidade evoluiu muito nos últimos anos.
Dentre esses recursos, estão os de diagnóstico por imagem, como: ressonância magnética, tomografia computadorizada e ultrassonografia, todos, equipamentos muito caros e de manutenção complexa. Mas, atualmente, eles são considerados imprescindíveis para a realização de um diagnóstico preciso e rápido, considerando que o especialista saiba como analisar as imagens.
Diagnosticar apenas na base da anamnese, da palpação, da temperatura corporal, da aferição da pulsação e da auscultação, é claro que é útil, mas insuficiente para um diagnóstico definitivo.
Outra medida que merece uma atenção especial é a alimentação, capaz de colaborar para a eficiência dessa sensível máquina de corrida, um verdadeiro Fórmula Um dos prados, que, como estes, não rende com qualquer combustível.
Um regime adequado, técnico, de exercícios também é indispensável.
Problema clássico dos veterinários mais novos e pretensamente “donos da verdade”, é o relacionamento com os treinadores, que, por sua vez, em grande número, estão convencidos de que, de cavalo entendem tudo. Para dar certo, o iniciante precisa de muita sensibilidade, de muito “jogo de cintura”, de muita diplomacia.
A musculatura dos cavalos de corrida, por razões óbvias, é muito solicitada durante os páreos, o que obriga o veterinário, a, em conjunto com o treinador, dedicar uma atenção especial a esta parte.
Modernamente, um recurso eficiente para tratar as lesões músculo-esqueléticas dos cavalos, promovendo a sua recuperação, é a terapia com células-tronco, o que exige um alto nível de conhecimento especializado, dos médicos veterinários.
Como se vê, trata-se de uma especialização complexa e que está sempre em evolução, o que torna imprescindível uma formação contínua.
Sendo possível, é recomendável um estágio em hospitais veterinários, em um ou mais de um, dos países onde a veterinária de cavalos de corrida é mais adiantada, como, por exemplo, nos Estados Unidos, na Inglaterra e no Japão.
A máquina de corrida
O cavalo universalmente reconhecido como a melhor “máquina de corrida” é o Puro Sangue Inglês (PSI).
Esta raça, altamente especializada, teve origem na Inglaterra, durante os séculos XVII e XVIII, resultante do cruzamento orientado do antigo, famoso, bonito e resistente cavalo árabe, com cavalos locais. O resultado foi isso que todos nós conhecemos: um animal elegante, alto e geralmente inquieto, que, quando corretamente manejado e treinado, atinge velocidades que nenhuma outra raça é capaz de atingir.