Rã-touro é única espécie cultivada em cativeiro para produção de carne e apresenta alto potencial de crescimento no país, além de ser bioindicadora de poluição
A Apta Regional de Pindamonhangaba vem consolidando estudos sobre a ranicultura no Brasil, destacando o potencial da rã-touro (Lithobates catesbeianus) como uma alternativa promissora para produção de carne.
Essa espécie, a única cultivada em cativeiro no país, se destaca pelo crescimento rápido, alto número de ovos por desova, facilidade de manejo e carne de alta qualidade nutricional, com baixo teor de gordura e alta digestibilidade.
Segundo a pesquisadora Adriana Sacioto Marcantonio, a ranicultura nacional avança com inovação e pesquisas estratégicas, consolidando a rã-touro como uma alternativa sustentável e de alto valor nutricional para produção de carne no Brasil.

Rã-touro. Foto: Apta Regional, divulgação
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Rã-touro. Foto: Divulgação, Apta Regional
Além da produção comercial, a rã-touro também é utilizada como bioindicadora de poluição ambiental, sendo empregada em testes com agrotóxicos, metais pesados e outras substâncias. “Os estudos realizados na Apta Regional analisam girinos e embriões, contribuindo para o monitoramento da qualidade ambiental e segurança dos ecossistemas”, destaca Adriana.
A unidade de pesquisa conta ainda com um Ranário Experimental aberto à visitação, que promove educação ambiental e recebe escolas para atividades educativas, reforçando o papel dos anfíbios no equilíbrio ecológico. No espaço, também ocorre a comercialização de resíduos de pesquisa, incluindo girinos, rãs jovens, rãs adultas e reprodutores.