O Censo Agropecuário 2017 do IBGE revela uma mudança no perfil das criações de animais do Piauí. Na última década, entre 2006 e 2017, a criação de bovinos caiu de 1,6 milhão de cabeças para 1,4 milhão. A de bubalinos caiu de 595 para 546 cabeças. Por outro lado, a criação de animais de médio porte cresceu no Piauí. A de caprinos passou de 1,4 milhão de cabeças para 1,8 milhão. A de ovinos, passou de 1,3 milhão para 1,6 milhão.  A de suínos conseguiu atingir a marca de 1 milhão também.

Um destaque importante nas criações é a avicultura, que cresce em ritmo intenso com a chegada de novas granjas ao estado. Em 2006 eram 8 milhões de aves, agora são mais de 10,4 milhões. Com isso mais que dobrou a produção de ovos de galinha. Em 2006 foram produzidos menos de 14 milhões e em 2017 o número passou de 29 milhões.

“Temos percebido essa tendência de queda nas criações de animais de grande porte e uma tendência inversa nos animais de médio porte. É mais difícil trabalhar com grandes animais. Com médios e pequenos animais, o retorno financeiro é mais rápido. Bovinos e bubalinos levam até 30 meses para ter retorno financeiro, um tempo que não é razoável para muitas famílias que dependem desse dinheiro. Já os animais de médio porte geram retorno entre 6 e 8 meses”, explica Pedro Andrade de Oliveira, coordenador do Censo Agropecuário 2017.

CENSO AGROPECUÁRIO 2017 DO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE)