Por Claudio Sergio Pimentel Bastos, Médico Veterinário Sanitarista
O Brasil apresenta uma diversidade climática significativa, com cinco sub-regiões climáticas que enfrentam vulnerabilidades específicas em relação aos eventos meteorológicos e climáticos extremos, por exemplo, a Amazônia sofreu impactos severos devido a secas sem precedentes e altas temperaturas em 1998, 2005, 2010, 2015-2016 e 2023-2024 associadas fortemente às mudanças climáticas. O impacto combinado das mudanças nos usos da terra impulsionadas por atividades humanas e as mudanças climáticas aumentam a vulnerabilidade dos ecossistemas terrestres a eventos climáticos extremos e incêndios.
Na sub-região climática que engloba o RS já foi observado um aumento na tendência de precipitação extrema. Essa sub-região enfrenta uma alta frequência de eventos de chuvas severas, resultando em fortes ventos que afetam o sul do Brasil. Além disso, a costa do rio da Prata está sujeita a inundações quando há ventos fortes do sudeste, como os observados durante a semana dramática recente, contribuindo ainda mais para dificultar o retorno à “normalidade”.
As chuvas intensas que vimos na tragédia climática do RS foram impulsionadas por uma combinação de fatores, incluindo um “rio voador” transportando umidade da Amazônia, uma massa de alta pressão de ar quente estacionada sobre o Brasil central (bloqueando as frentes frias no RS) e a influência do fenômeno El Niño. Isso tudo foi potencializado pelas mudanças climáticas, que vêm tornando os eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes e intensos.
Desde 2016, o Brasil possui um Plano de Adaptação à Mudança do Clima, mas a sua implementação ainda está em curso. O país está também desenvolvendo o AdaptaBrasil, uma iniciativa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Informação – MCTI, que integra em uma única plataforma índices e indicadores de riscos de impactos das mudanças climáticas no Brasil. Conhecer os riscos climáticos é o primeiro passo para auxiliar os municípios no planejamento informado de ações de “Adaptação a eventos climáticos requer infraestrutura resiliente, restauração dos biomas e redução das emissões de carbono” em https://publish-ey-prod-cdn.adobecqms.net/pt_br/agencia-ey/artigos/adaptacao-eventos-climaticos-requer-infraestrutura-resiliente
Em relação às mudanças climáticas, existem vários riscos de impactos para a segurança alimentar. As mudanças no regime de chuvas causarão perdas de produtividade em diferentes culturas agrícolas no Brasil (PELLEGRINO et al., 2007) que, associadas com uma inadequada logística de armazenamento, afetará na questão de disponibilidade de alimentos, que por sua vez, associadas à falta de políticas de acesso, pode afetar a saúde das populações, aumentando a possibilidade de doenças pela desnutrição, associadas à vulnerabilidade destas. Deve-se salientar que para o pequeno agricultor de sistema de cultivo de sequeiro, os eventos climáticos serão ainda mais significativos, haja vista a sua baixa capacidade de estocagem, sustentabilidade econômica em períodos de baixa produção e manejos sanitários (EBI et al., 2010). Visite o site: https://adaptabrasil.mcti.gov.br/detalhes-alimento
Os principais riscos relacionados aos impactos das mudanças climáticas na saúde no Brasil temos: 1. Aumento de enchentes e alterações na temperatura média, que facilitam proliferação de vetores de doenças como malária, dengue e leishmaniose; 2. Surtos de doenças desencadeadas pelo calor, incluindo desidratação e complicações cardiovasculares; e 3. Problemas relacionados à poluição do ar e enchentes, que agravam doenças respiratórias e de transmissão hídrica; além de deslizamentos e alagamentos que interrompem a rotina da população. Visite o site: https://adaptabrasil.mcti.gov.br/index.php/noticia/adaptabrasil-e-destaque-em-materia-da-veja-negocios-sobre-impactos-das-mudancas-climaticas
A Assembleia Geral das Nações Unidas ao aprovar a resolução em dezembro de 2018 que proclama o dia sete (7) de junho como o “Dia Mundial da Inocuidade dos Alimentos” focado no objetivo de prevenir, gerenciar e detectar riscos alimentares, e celebrar os benefícios dos alimentos seguros, com o slogan para este ano – 2024 “Segurança alimentar: vamos nos preparar para os imprevistos”, frente aos adventos das mudanças climáticas que estão acontecendo no nosso planeta. Tendo como principal objetivo, o de chamar a atenção e inspirar ações para ajudar a prevenir, detectar e gerenciar riscos de origem alimentar, contribuindo para a segurança dos alimentos para a saúde humana, a prosperidade econômica, a agricultura, o acesso a mercados, o turismo e o desenvolvimento sustentável.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que na região das Américas, a cada ano, 77 milhões pessoas sofrem de doenças transmitidas por alimentos (DTA) e mais de 9.000 morrem. Do total de pacientes, 31 milhões são crianças menores de 5 anos, das quais mais de 2.000 mortes são evitáveis e todos podemos contribuir para evitá-las. No Brasil, mais de 21 milhões de brasileiros não têm acesso adequado à alimentação, e isso representa 10,1% da população em situação de fome ou de insegurança alimentar grave. Após oito anos fora da lista, o país voltou a integrar o Mapa da Fome em 2022. Essa realidade exige ações urgentes para garantir que todos tenham acesso a alimentos suficientes para uma vida saudável.
De acordo com a FAO/OMS, todos os anos 600 milhões de pessoas adoecem devido a doenças de origem alimentar, causando 420.000 mortes evitáveis todos os anos. Isto não só implica um problema de saúde pública, mas também gera desperdício alimentar incompatível com um panorama global em que milhões de pessoas passam fome.
A segurança alimentar é de responsabilidade de TODOS os integrantes do processo contínuo, desde a operação agrícola à mesa: FAO, OMS e Estados Membros do Codex e seus parceiros; todas as pessoas que cultivam, processam, transportam, armazenam, vendem e consomem alimentos; embaixadores da boa vontade; pessoas influenciadoras das redes sociais e o público em geral, lembrando que “O organismo internacional de saúde trabalha fortalecendo seus sistemas de controle de alimentos através de cinco pilares: normas e regulamentos, educação e comunicação, vigilância, inspeção e laboratórios”.
A alimentação segura é essencial para promover a saúde dos consumidores e acabar com a fome, dois dos 17 principais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Este dia internacional é uma oportunidade para fortalecer os esforços para reduzir o risco de doenças transmitidas por alimentos e garantir que eles sejam inócuos. É importante reconhecer que a saúde das pessoas, dos animais e do ambiente estão interligadas e que qualquer incidente de segurança adverso pode ter um impacto global na saúde pública, no comércio e na economia.
A proposta do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº. 2 das Nações Unidas é acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável, em que o Brasil é um dos signatários, propõe: 2.1) Até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular os pobres e pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano; 2.2) Até 2030, acabar com todas as formas de desnutrição, ……..; 2.3) Até 2030, dobrar a produtividade agrícola e a renda dos pequenos produtores de alimentos, …….. ; 2.4) Até 2030, garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes…………; 2.5) Até 2020, manter a diversidade genética de sementes, plantas cultivadas, animais de criação e domesticados e suas respectivas espécies selvagens, ………., como acordado internacionalmente.
Doenças transmitidas por alimentos (DTHA)
As Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) são aquelas causadas pela ingestão de alimentos e/ou água contaminados. Existem mais de 250 tipos de DTHA no mundo, podendo ser causadas por bactérias e suas toxinas, vírus, parasitos intestinais oportunistas ou substâncias químicas. É considerado surto de DTHA quando duas ou mais pessoas apresentam doença ou sinais e sintomas semelhantes após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem, normalmente em um mesmo local.
Para doenças de alta gravidade, como Botulismo (doença neuroparalítica grave, rara, não contagiosa, causada pela ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum) e a Cólera (causada pela ação da toxina liberada por dois sorogrupos específicos da bactéria Vibrio cholerae: sorogrupos O1 e O139, transmitida por contaminação fecal-oral direta ou pela ingestão de água ou alimentos contaminados, e está ligada diretamente ao saneamento básico e à higiene), a confirmação de apenas um caso já é considerada surto.
As Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA-DTHA) são importantes causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Em muitos países, durante as últimas duas décadas, têm emergido como um crescente problema econômico e de saúde pública, havendo previsões de que o problema aumente no século XXI, especialmente com as várias mudanças globais, incluindo crescimento da população, pobreza, exportação de alimentos e rações animais, que influenciam a segurança alimentar internacional.
A ocorrência de DTHA relaciona-se com diversos fatores, como: condições de saneamento e qualidade da água para consumo humano inadequado (impróprios); práticas inadequadas de higiene pessoal e o consumo de alimentos contaminados. No Brasil, a maioria das doenças transmitidas por alimentos são causadas por bactérias (principalmente por Salmonella, Escherichia coli, Bacillus cereus e Staphylococcus aureus). No entanto, há também surtos de doenças transmitidas por alimentos causados por vírus (rotavírus e norovírus) e, em menor proporção, por substâncias químicas.
Lembrando que, uma em cada dez pessoas em todo o mundo adoece ao comer alimentos contaminados a cada ano. Grupos vulneráveis, como os idosos, crianças menores de cinco anos e pobres, são as mais expostas e com maior risco de doenças transmitidas por alimentos (DTAs). Alimentos inseguros não afetam apenas negativamente saúde e bem-estar das pessoas, também tem consequências econômicas negativas para indivíduos e empresas. Esta Insegurança Alimentar gera custos de aproximadamente de 110 bilhões de dólares por ano em produtividade e despesas médicas.
Segurança alimentar e nutricional
A Segurança Alimentar e Nutricional – SAN consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis (BRASIL, 2006).
A Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – PNSAN delineia as diretrizes para assegurar o direito humano à alimentação adequada em todo território nacional, sinteticamente: 1. Promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável, com prioridade para as pessoas vulneráveis; 2. Promoção do abastecimento e estruturação de sistemas sustentáveis e descentralizados, de base agroecológica, de produção, extração, processamento e distribuição de alimentos; 3. Instituição de processos permanentes de educação, pesquisa e formação nas áreas de segurança alimentar e nutricional; 4. Promoção, universalização e coordenação das ações de segurança alimentar e nutricional voltadas povos e comunidades e assentados da reforma agrária; 5. Fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os níveis da atenção à saúde; 6. Promoção do acesso universal à água de qualidade e em quantidade suficiente, com prioridade para a população vulnerável para a produção de alimentos da agricultura familiar e da pesca e aquicultura; 7. Apoio a iniciativas de promoção da soberania alimentar, segurança alimentar e nutricional e do direito humano à alimentação adequada em âmbito internacional, e; 8. Monitoramento da realização do direito humano à alimentação adequada (BRASIL, 2010).
Fome no Brasil piorou nos últimos três anos, mostra relatório da FAO
Emergência sanitária na crise climática
As emergências em saúde pública contribuem de forma expressiva com a morbimortalidade no mundo contemporâneo, exigindo, dos governos o aprimoramento da capacidade de preparação e de resposta. A vulnerabilidade social, econômica e ambiental amplia o risco de impacto à saúde humana decorrente de emergências em saúde pública.
Uma emergência em saúde pública caracteriza-se como uma situação que demande o emprego urgente de medidas de prevenção, de controle e de contenção de riscos, de danos e de agravos à saúde pública em situações que podem ser epidemiológicas (surtos e epidemias), de desastres, ou de desassistência à população.
As cidades estão na vanguarda das oportunidades de aprendizagem do impacto sistemático da pandemia e da complexidade dos riscos em meio aos eventos climáticos que geram as emergências. As autoridades locais estão numa posição vital para garantir a saúde, o meio ambiente e outros riscos que estão integrados nos processos de planejamento e financiamento das melhorias a serem implantadas na cidade, permitindo que as partes interessadas colaborem e tomem ações coletivas para reduzir os riscos.
No Brasil, foram registrados 12 eventos climáticos extremos, sendo nove deles considerados incomuns e dois sem precedentes. Cinco ondas de calor, três chuvas intensas, uma onda de frio, uma inundação, uma seca e um ciclone extratropical foram reportados para a Organização Meteorológica Mundial – OMM.
Segundo a agência, o El Niño e as mudanças climáticas induzidas pelo homem exacerbaram muitos eventos extremos, causando grandes impactos na saúde, na segurança alimentar e energética e no desenvolvimento econômico.
Muitas ondas de calor intensas afetaram a região central da América do Sul no final de agosto a dezembro, causando temperaturas escaldantes em pleno inverno. Durante a segunda quinzena de agosto, as temperaturas em partes do Brasil ultrapassaram os 41°C. A onda de calor atingiu Rio de Janeiro e São Paulo, as cidades mais populosas do país.
Painel intergovernamental sobre mudanças climáticas (IPCC)
A palavra que chama a atenção na mais recente avaliação sobre o clima vinda do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) sobre os impactos do aquecimento global é essa: IRREVERSÍVEL. As mudanças climáticas no Brasil estão afetando a vida de várias maneiras: 1) O padrão de chuvas está mudando; 2) Geadas estão ocorrendo como consequência do aquecimento global; 3) A atmosfera está cada vez mais quente; 4) As mudanças climáticas também impactam a saúde; 5) Comida e energia estão ficando mais caras; e 6) O Brasil teve 12 eventos climáticos extremos em 2023, incluindo calor intenso, seca na Amazônia e ciclones.
Com o aumento da temperatura global, mais ocorrências climáticas extremas devem ser verificadas no mundo. O ano de 2023 já foi considerado o mais quente da história do planeta, segundo dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM). A entidade ressaltou também que 2023 “foi um ano de riscos climáticos recordes na América Latina e no Caribe”. Em relatório publicado em 8 de maio de 2024, que “a América Latina e do Caribe é cercada pelos oceanos Pacífico e Atlântico e o clima na região é, em grande parte, influenciado pelas temperaturas predominantes da superfície do mar e interferências na interação entre a atmosfera e o oceano, como o El Niño”.
O aumento de desastres naturais, trás impactos diretos na saúde e problemas na produção de energia e alimentos são alguns dos efeitos do desequilíbrio climático no país, que em 29 de dezembro de 2009 aprovou a Lei nº 12.187 que Institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC.
Nota do autor: A Segunda Conferência de Alto Nível das Nações Unidas sobre Cooperação Sul-Sul (BAPA+40) em Buenos Aires reconheceu em 2019, que as autoridades locais desempenham um papel cada vez mais importante e indispensável na cooperação SUL-SUL e triangular, que pode assumir diferentes formas como compartilhamento de conhecimento, treinamento e capacitação, e intercâmbio de tecnologia em várias áreas temáticas, incluindo a mitigação do risco de catástrofes e as alterações climáticas. Essa cooperação pode apoiar as cidades, especialmente nos países em desenvolvimento, na consecução do desenvolvimento sustentável. Organizado conjuntamente pelo Escritório das Nações Unidas para a Cooperação Sul-Sul (UNOSSC), o Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR) e a Organização Mundial de Saúde Organização Mundial da Saúde (OMS)/Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) “Reconstruir Melhor: Aproveitando a Cooperação Sul-Sul e o Planejamento de Redução de Riscos para Cidades Resilientes e Saudáveis na era Pós-COVID-19”.
Mitigação e adaptação
Até recentemente, o mundo tinha focado seus esforços em tentar limitar as emissões de CO2. No entanto, em vista dos últimos dados, a comunidade internacional diversificou seus esforços para impulsionar políticas de adaptação e de mitigação das mudanças climáticas, visando minimizar os efeitos desse fenômeno cujas consequências já estamos sofrendo em diferentes partes do planeta. Ambas as estratégias são complementares e, embora apresentem desafios diferentes, convergem no objetivo final.
A diferença entre as estratégias de mitigação e adaptação em relação às mudanças climáticas é que, no primeiro caso, têm a função de combater as causas e minimizar os possíveis impactos das mudanças climáticas, enquanto, no segundo caso, a função consiste em analisar a forma de reduzir as consequências negativas das mudanças climáticas e aproveitar as oportunidades que podem originar. Na medida em que as estratégias de mitigação não atinjam os objetivos de contenção das emissões, a resiliência climática será essencial para atenuar o impacto das mudanças climáticas a fim de tornar compatível nossa sobrevivência e a de todos os seres vivos do planeta. Visite o site: https://www.iberdrola.com/sustentabilidade/mitigacao-e-adaptacao-as-alteracoes-climaticas
Ganhar a batalha contra as mudanças climáticas é algo difícil, mas, com o esforço de todos e através das medidas de mitigação adequadas, poderemos minimizar os danos. das mudanças climáticas e proteger as populações vulneráveis, é fundamental adotar uma abordagem integrada que inclua: 1. PLANEJAMENTO URBANO E INFRAESTRUTURA RESILIENTE: Investir em infraestrutura que possa suportar eventos climáticos extremos, como sistemas de drenagem eficientes, construção de moradias em áreas seguras e reforço de pontes e estradas; 2. POLÍTICAS HABITACIONAIS INCLUSIVAS: Construir edificações e infraestruturas mais seguras e sustentáveis, e implementar políticas que promovam a construção de habitações seguras e acessíveis para populações de baixa renda, especialmente nas favelas; 3. EDUCAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO: Promover campanhas de conscientização sobre os riscos climáticos e medidas preventivas que as comunidades podem adotar para reduzir sua vulnerabilidade; 4. RESPOSTA RÁPIDA E APOIO AOS DESABRIGADOS: Fortalecer os mecanismos de resposta a desastres, garantindo que as vítimas recebam rapidamente abrigo, alimentação e assistência médica; 5. APOIO INTERNACIONAL E COOPERAÇÃO: Buscar apoio de organismos internacionais para financiar projetos de adaptação climática e resiliência urbana; 6. RECUPERAÇÃO E REASSENTAMENTO: Planejar a reconstrução de áreas afetadas de forma sustentável, evitando a reconstrução em zonas de risco e reassentando famílias em locais seguros; e 7. TRANSPORTE PÚBLICO: promover a mobilidade sustentável com mais trajetos urbanos de bicicleta, menos voos de avião e mais viagens de trem e carro compartilhado.
A sociedade tem que participar das políticas públicas para estimular adaptações contra as mudanças climáticas: 1. Na indústria, na agricultura, na pesca e na pecuária ecológicas, a sustentabilidade alimentar, o consumo responsável e a regra dos 3R (reduzir, reutilizar e reciclar); 2. Diversificar os cultivos para que se adaptem melhor a climas mais mutáveis; 3. Reflorestar as florestas e restaurar os ecossistemas danificados; 4. Melhorar a eficiência energética e apostar nas energias renováveis contra os combustíveis fósseis; 5. Pesquisar e desenvolver soluções inovadoras para a prevenção e gestão de catástrofes naturais, e; 6. Desenvolver protocolos de atuação no caso de situações de emergência climática.