Pesquisa do Departamento de Zootecnia (DZO) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Minas Gerais, comprovou os benefícios de uma nova técnica utilizada para alimentar gado de corte e de leite no país: a silagem de espiga de milho. Testes mostraram que a alternativa garante uma dieta rica em fibras e estimula a mastigação dos animais. Com o procedimento, o resíduo da palha do milho ainda prepara o solo para plantio.
Os criadores já investem na plantação de milho para a produção de silagem (alimento fermentado à base de milho). Mas, se antes era usado planta inteira, grãos úmidos ou reconstituídos, o diferencial da nova tecnologia está na extração da espiga de milho por uma plataforma despigadora adaptada à máquina colhedora de milho.
Segundo o professor do DZO, Thiago Bernardes, que estuda o processo há oito meses, a silagem de espigas garante uma ração que, além dos grãos, inclui palhas e sabugo. O composto aumenta a concentração de fibra na dieta dos ruminantes. “Hoje, a pecuária intensiva (dotada de técnicas avançadas de criação) tem utilizado alimentos que não promovem a mastigação do animal. Então, a composição proposta pela pesquisa da UFLA pode suprir essa necessidade”, recomenda.
A pesquisa foi desenvolvida durante três anos e contou com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais.