A exportação brasileira de carne suína total (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizou 108.800 toneladas em junho, o que representa um aumento de 13,20% em comparação com o mesmo mês de 2020 (96.100 toneladas). Os números fazem parte de levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), divulgado nesta quinta-feira.

Com o segundo melhor desempenho mensal da história do setor (superado apenas por março deste ano, quando foram embarcadas 109.200 toneladas), as exportações de carne suína em junho geraram receita de US$ 270.2 milhões, que é recorde histórico no levantamento mensal para o setor. O resultado supera em 36,50% a receita das vendas de junho de 2020, de US$ 198 milhões.

Segundo os dados da ABPA, no acumulado dos seis primeiros meses de 2021, foram exportadas 562.700 toneladas, volume 17,39% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram vendidas 479.400 toneladas. Com isso, a receita das exportações entre janeiro e junho foi de US$ 1.349 bilhão, cerca de 25,40% superior à do mesmo período de 2020, de US$ 1.076 bilhão.

O diretor de Mercados da ABPA, Luís Rua, indicou na nota que “o retorno da atividade econômica em várias regiões do mundo tem impactado positivamente as exportações do setor. A menor oferta em países concorrentes, como é o caso dos EUA, tem levado o Brasil a aumentar sua participação no comércio global de carne suína e, dadas as previsões, deve ser a tônica ao longo deste ano de 2021”.

Demandas

A China continua como principal destino das exportações. Em junho, importou 58.800 toneladas, volume 29,20% superior ao registrado no sexto mês de 2020. Outros destaques do mês foram o Chile, com 5.300 toneladas (+ 45,40%), Vietnã, com 3.700 toneladas (+ 38,30%), Filipinas, com 2.800 toneladas (+ 371,20%) e Argentina, com 2.200 toneladas (+ 326,60%).

Entre os estados exportadores, Santa Catarina segue na liderança, com 55.500 toneladas exportadas em junho (+ 22,04%), seguida por Rio Grande do Sul, com 30.300 toneladas (+ 19,89%) e Paraná, com 13.300 toneladas (- 11,29%).

O presidente da ABPA, Ricardo Santin, destaca no comunicado que “o mercado asiático e alguns países da América do Sul mantiveram demanda positiva sobre as exportações brasileiras, mantendo a previsão de crescimento nas exportações para este ano. O bom desempenho das exportações tem contribuído para reduzir os impactos dos custos históricos de produção”.

 

Fonte: Broadcast Agro

Equipe SNA