A China importou 922.000 toneladas de carnes em abril, um aumento de 6,90% em relação ao mesmo mês do ano anterior, mostraram os dados divulgados pela Administração Geral de Alfândegas do país nesta sexta-feira. O maior produtor de carne suína do mundo continua a enfrentar a escassez doméstica.

A produção de carne suína da China despencou após os surtos da Peste Suína Africana (PSA) desde 2018, estimulando uma forte demanda pela importação de carne de porco e outras proteínas. As compras ficaram apenas ligeiramente abaixo do recorde de 1.02 milhão de toneladas de março, segundo a Administração Geral de Alfândegas.

Os grandes desembarques ocorreram mesmo com o aumento da produção de carne suína da China no primeiro trimestre, após intensos esforços para reabastecer e expandir as criações no ano passado.

Uma nova onda de PSA e outras doenças durante o inverno levou produtores, preocupados com o risco de infecção, a enviar porcos para o abate mais cedo, aumentando o volume.

Embora os preços domésticos da carne suína tenham caído acentuadamente nos últimos meses, as importações devem permanecer altas, com uma escassez de oferta prevista para durar o resto do ano. Isso tende a beneficiar o Brasil, maior exportador global de carnes bovina e de frango, e importante “player” da proteína suína.

As compras de carnes nos primeiros quatro meses do ano chegaram a 3.55 milhões de toneladas, com aumento de 16,90% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

Fonte: Reuters

Equipe SNA