O principal objetivo do desenvolvimento da vacina foi o de gerar uma estratégia alternativa para o controle da doença, eliminando as graves sequelas do tratamento cirúrgico e agregando valor ao animal afetado.
A pitiose, doença causada por um fungo, provoca um quadro infeccioso na pele e na região subcutânea dos equinos. A doença se desenvolve em locais alagadiços, especialmente nas regiões de clima tropical ou subtropical. O Pantanal brasileiro é considerado o local de maior ocorrência de pitiose do mundo, mas a doença já foi verificada em todas as regiões do país.
Os relatos sobre “feridas incuráveis” que afetavam frequentemente os cavalos no Pantanal são antigos; inicialmente eram tratados como uma enfermidade parasitária denominada habronemose cutânea.
As pesquisas realizadas pela Embrapa e a UFSM revelaram que essas feridas eram, na realidade, resultantes da infecção por um “fungo” identificado como Pythium insidiosum e se tratava de pitiose. A criação de uma alternativa terapêutica para o tratamento da pitiose equina foi fundamental para erradicação dessa enfermidade.
O cavalo tem grande importância econômica e social no Pantanal, sendo imprescindível na lida diária com o gado e no transporte das boiadas, além de ser um importante meio de locomoção da população regional.