A primeira coleta não-cirúrgica de embriões em ovinos da raça brasileira Morada Nova empregada com sucesso (foto) foi realizada no núcleo Pecuária Sudeste da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os principais benefícios proporcionados pela técnica são segurança em relação à vida do animal e recuperação rápida.
A técnica mundialmente utilizada para a coleta de embriões em ovinos é a cirurgia. “No entanto, ela apresenta muitos riscos para o animal, como a ocorrência de sequelas”, diz o pesquisador Jeferson Fonseca do núcleo Caprinos e Ovinos da Embrapa.
Como doadoras, foram selecionados animais em excelente estado reprodutivo e nutritivo, dentro do padrão da raça Morada Nova, A transferência foi realizada em 36 receptoras (barrigas de aluguel) ,também daquela raça.
Segundo a professora da Universidade Federal Fluminense Joanna Souza Fabjan, que participou da pesquisa da Embrapa, o uso de fêmeas geneticamente superiores como doadoras de embriões contribui para acelerar os processos de seleção e melhoramento genético. E explica:
“A técnica de coleta de embriões possibilita que uma doadora (melhor geneticamente) produza muito mais crias durante sua vida produtiva. Por exemplo, uma doadora pode, em média, gerar de cinco a seis embriões por coleta, que pode ser repetida mensalmente, no caso da via não cirúrgica. Ou seja, ela pode ser responsável por gerar cerca de 20 crias em um ano”.