Na Conferência Científica Latino-Americana do Poultry Science Association (PSA Latam), realizada em Foz do Iguaçu (PR), a Phibro Saúde Animal apresentou os resultados do estudo “Eficácia e desempenho anticoccidiano em frangos de corte alimentados com diferentes ionóforos na presença de um desafio com eimerias de campo do Brasil”.
Conforme explica a médica-veterinária e gerente sênior de Serviços Técnicos e Produtos SAR da Phibro, Patricia Rocha o estudo analisou a eficácia e o desempenho dos ionóforos semduramicina, monensina e salinomicina no controle da coccidiose em frangos de corte, de 1 a 42 dias de idade. “Os resultados constatam que a escolha do ionóforo impacta o desempenho das aves e o controle da enfermidade”, relata.
De acordo com a especialista, o trabalho científico mostrou que semduramicina e salinomicina são mais vantajosos para o controle da coccidiose em frangos de corte, por não apresentarem efeitos negativos no desempenho das aves e proporcionarem boa eficácia anticoccidiana.
“Sendo assim, a rotação entre ionóforos de diferentes classes, como semduramicina (ionóforo glicosídico) e salinomicina (ionóforo monovalente), é uma prática recomendada para evitar o desenvolvimento de resistência aos anticoccidianos”, complementa Patrícia.
A médica-veterinária ressalta que o estudo foi realizado com cepas de campo brasileiras de Eimeria acervulina, Eimeria maxima e Eimeria tenella. Entretanto, ela informa que a eficácia dos ionóforos pode variar de acordo com a região, o histórico de programas anticoccidianos empregados, e as cepas de Eimeria presentes.
Entre as vantagens do uso dos ionóforos semduramicina e salinomicina, conforme destaca a profissional, estão os ganhos de conversão alimentar, indicando melhor aproveitamento dos nutrientes da ração. “Além disso, eles demonstram boa eficácia anticoccidiana, com escores de lesão inferiores aos grupos controle e com monensina”, conclui.