Denominado soro antiapílico, primeiro tratamento específico contra o veneno de abelhas africanizadas (as mais comuns no Brasil), o produto é uma conquista de pesquisadores do Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (CEVAP) da Universidade Paulista, em Botucatu (SP) em parceria com o Instituto Vital Brazil, com sede em Niterói, no Rio de Janeiro. “Foram cerca de doze anos de pesquisa básica, realizando testes em animais ou in vitro, para estudarmos o produto e concluirmos que pode ser testado em humanos”, diz o professor Rui Seabra Ferreira Jr., coordenador executivo do CEVAP.

O soro é produzido em cavalos de maneira semelhante ao soro antiofídico, usado contra veneno de serpentes. O veneno da abelha é injetado nos cavalos e, após a produção de anticorpos específicos pelo animal, amostras do sangue são recolhidas para a obtenção do plasma que será purificado e processado até chegar ao produto final.