O método de reprodução tradicional é o de monta natural, tomando-se o cuidado de separar as vacas e o touro com o objetivo de acrescentar qualidade aos bezerros a serem produzidos.

Para corrigir os defeitos das vacas de um determinado lote, deve-se escolher um touro que tenha informações de programas de melhoramento relacionados com essa finalidade.

A inseminação artificial oferece uma vantagem na qual se pode acasalar touros com vacas de forma individual. Então, há oportunidade de usar touros melhoradores das características específicas.

A inseminação artificial pode ser feita observando-se o cio das vacas, duas vezes por dia, ou em tempo fixo (IATF), usando-se técnicas especiais, de forma que as vacas sejam inseminadas no mesmo dia e horário.

A transferência de embriões e a fertilização in vitro (FIV) são técnicas mais sofisticadas e exigem escolha da vaca doadora, de forma mas criteriosa. Também exige o preparo prévio das receptoras, ou seja, das vacas ou novilhas que irão fazer a gestação dos embriões fornecidos pela vaca doadora.

A escolha das receptoras deve ser feita, de preferência, escolhendo fêmeas da mesma raça da doadora, ou seja, da mesma raça dos embriões gerados em laboratório.

A transferência de embriões de zebu em vacas leiteiras européias, poderá não da certo.

Num trabalho onde se acompanhou a transferência de embriões Nelore em vacas puras holandesas, verificou-se grande incompatibilidade. Os bezerros Nelore nasceram debilitados e não expressaram bem o potencial genético planejado no acasalamento.

Para a coleta de oocitos, fertilização em laboratório e posterior transferência para as fêmeas receptoras, deve-se escolher touros com alto valor genético, e fêmeas cuja progênie já seja conhecida, de forma que haja recompensa financeira.

Também há coleta de oocitos em bezerras ainda mamando. Os oocitos são fertilizados em laboratório e transferidos para as receptoras. Esse processo é feito no intuito de diminuir o intervalo entre gerações. Por outro lado, a escolha da bezerra doadora dos oocitos é feita apenas pela expectativa do potencial genético com o qual ela nasceu, sem ainda ter sido revelado seu peso ao desmamar, ou mesmo a sua idade ao primeiro parto, habilidade materna e tantas outras características importantes que uma fêmea deve apresentar para ser considerada um animal com potencial genético maior do que seus contemporâneos.

 

Matéria extraída do livro
“Nelore e outros zebuínos”,
de autoria de Fausto Pereira Lima e Maria Lúcia Pereira Lima