Organismo Geneticamente Modificado (OGM), denominado comumente transgênico, é aquele que recebeu um gene, ou um fragmento de outro ser vivo, mediante a tecnologia conhecida como DNA recombinante.
A grande diferença do melhoramento clássico com a transgenia é que, nesta, a carga genética de um ser vivo é alterada em laboratório, por manipulação genômica, ou seja, sem o cruzamento sexual das espécies.
Por incrível que pareça, a transgenia foi copiada da natureza.
No início dos anos de 1970, cientistas descobriram que bactérias dos gênero Agrobacterium , conseguiram incluir partes de seu germoplasma no genoma de plantas hospedeiras, fazendo-as produzir substâncias importantes para o crescimento da própria bactéria . A ciência estava prestes a dar um passo fundamental.
Segundo Francisco Aragão, da Embrapa,, um dos mais renomados pesquisadores de biotecnologia nacional, o primeiro organismo portador de uma molécula de DNA modificado foi a bactéria Escherichia coli, gerada por Stanley Morgan, da Universidade de Stanford. Dai surgiu a insulina produzida em bactérias transgênicas, que hoje abastece 100% do mercado farmacêutico mundial, evita centenas de milhões de mortes e confere qualidade de vida aos portadores de diabetes.
Do ponto de vista científico, os produtos transgênicos representam um salto fantástico na aplicação do conhecimento humano. Cientificamente, prescindir do cruzamento sexual é uma grande vantagem no aprimoramento de atributos genéticos desejáveis ao ser humano.
Transcrição integral do capítulo citado do livro Agricultura Fatos e Mitos, de autoria de Xico Graziano, Décio Luiz Gazzoni e Maria Thereza Pedroso, Editora Baraúna