Os chifres crescem a vida toda do bovino. Neles podemos ver as marcas da vida referentes à fisiologia da vaca, quando ela acumulou nutrientes na fase de intervalo entre partos ou quando ela removeu reservas do corpo, durante o final da gestação e da amamentação do bezerro.
Através do chifre é possível fazer uma leitura de quantos partos a vaca teve e se houve algum intervalo entre partos mais longos ou mais curtos.
Podemos observar uma pequena depressão , um sulco na forma de um anel, no chifre, que representa a parição e a amamentação. Depois, ocorre o crescimento normal que, quando é mais longo, indica que o intervalo entre partos foi mais longo.
Durante a vida reprodutiva da vaca, há épocas em que o organismo acumula nutrientes, por exemplo, durante a gestação, quando se depositam minerais nos ossos e chifres, acumulam gordura na maçã do peito, etc.
Quando ocorre a parição, a vaca metaboliza os minerais e as gorduras que foram acumuladas durante a gestação. Esse consumo de reservas forma marcas de depressão nos chifres, que podem ser identificadas como as fases reprodutivas.
Reprodução parcial de conteúdo extraído do livro
“Nelore e outros zebuínos”
de autoria de Paulo Pereira Lima e Maria Lúcia Pereira Lima