Por Edino Camoleze*

1. PREVISÃO DA FAO ( – 2023- 2032 ).

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) prevê que a população mundial aumente para mais de 9.5 bilhões de pessoas em 2050, o que exigirá um maior esforço internacional na produção de alimentos. Para garantir que a produção de alimentos aumente 50% para alimentar essa população a mais projetada, a FAO afirma que os empresários e agricultores devem ter acesso a sementes resistentes, boas práticas agrícolas, tecnologias inovadoras, melhor aproveitamento e manejo do solo, reuso da água, especialmente à medida que a variação climática se torna mais evidente no planeta.

Prevê também que a utilização global de cereais atinja 2.81 bilhões de toneladas, com a utilização total de trigo e cereais secundários excedendo os níveis de 2022/23, enquanto a utilização de arroz deverá diminuir.

Que haverá um crescimento de 1.3% ao ano na produção de carnes, e uma estimativa de incremento da demanda de 2.5%, o que ampliará o déficit entre a demanda e a oferta afetando os preços. (OCDE-FAO – PERSPECTIVAS AGRÍCOLAS).

O futuro da produção de alimentos – FAO

2.  MAIORES PRODUTORES MUNDIAIS ( PAÍSES )

2.1 – CHINA.

País do continente asiático, 4º classificado em extensão territorial com 9.600 milhões de quilômetros quadrados, topografia montanhosa e climas semiárido e subtropical, ocupa atualmente o primeiro lugar no ranking dos maiores países produtores agrícolas do mundo, que tem o desafio de produzir alimentos para mais de 1,4 bilhão de habitantes e, também excedentes para exportação.

Atualmente o país é o maior produtor mundial de arroz, mas também se destaca  na produção de milho, trigo, tabaco, soja, amendoim, algodão, batata, sorgo, chá, milhete, cevada, óleo vegetal, mel, ovos, carne suína e peixe.

A produção agrícola chinesa vem crescendo há anos. Em 2017, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura – FAO, a agricultura chinesa já tinha superado o valor de US$ 865 bilhões.

No presente, o país é responsável por um quarto de todo o alimento produzido no mundo.

Com um quinto da população mundial em seu território e apenas usando 13% de terras agricultáveis do país, o governo chinês estabeleceu uma estratégia de autossuficiência alimentar baseada na produção da agricultura familiar, responsável por  mais  de 80% da produção.

Com o uso de novas tecnologias avançadas no campo, como a agricultura digital e reaproveitamento do solo, o país aumentou a produtividade das terras agrícolas de maneira relevante, alavancando a produção, modernizando a distribuição dos produtos e desenvolvendo a cadeia agroindustrial.  De acordo com o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China, em 2019 havia mais de 2.500 empresas de máquinas agrícolas no país e a mecanização do setor excedeu 70%.

Esse processo tecnológico é tão expressivo que, hoje, uma nova geração de máquinas vem sendo desenvolvida e testada: as máquinas autônomas, sem a necessidade de uma pessoa para conduzir, recebem suas coordenadas via GPS, atuam com precisão e permitem que o agricultor gaste menos insumos e tempo.

Os drones também têm destaque na agricultura chinesa. Com sistemas de Inteligência Artificial e sensoriamento remoto, aplicam adubos e defensivos de forma precisa. Com ele, é possível aplicar o produto somente nas áreas afetadas, gerando economia de insumos e aumento da produtividade do produtor. Os pulverizadores usados ​​nos drones são atualizados para que uma gota de defensivo possa ser dividida em gotas menores, (atomização) pulverizando uma área agrícola maior, explica Justin Gong, vice-presidente da XAG, uma empresa de serviços de drones. (FIELDVIEW, 2023)

A China continua sendo o maior produtor agrícola do planeta. Em 2023, o valor da produção agrícola atingiu a cifra de USS 1,14 trilhão de dólares, a maior do mundo. (AGROFY NEWS, 2023)

Sua maior empresa de agronegócio globalizada é a China Oil and Foodstuffs  Corporation-COFCO, com 11 799 mil colabores e ramificada em 36 países, inclusive o Brasil. Sua principal atividade é a negociação de commodities: compra, estocagem, beneficiamento e venda. Em 2023 movimentou 121.7 milhões de toneladas e faturamento de USS 50.1 bilhões de dólares.

China. Cidades Verticais para produção de alimentos

2.2 – ÍNDIA.

Localizada na Ásia, subcontinente indiano, 7º país em dimensão territorial, com 3 287 milhões de km², topografia formada por cordilheiras e planícies, climas frio, temperado e tropical, com bacia hidrográfica importante percorrendo as planícies de seu território, sobressaindo o rio Ganges, ocupa, atualmente o segundo lugar na produção de alimentos. Seu grande desafio, de hoje, é a Segurança Alimentar para sustentar a maior população da terra estimada em 1.417 habitantes (2022), em face de seus limitados recursos naturais.

O país ocupa o segundo lugar na produção de arroz, trigo, cana-de-açúcar, amendoim, legumes, frutas e algodão. A Índia é o principal produtor e consumidor mundial de “ pulses” – grão-de-bico, ervilha, lentilha, feijão vermelho, feijão Urd e outras leguminosas de grãos secos típicas da região.  É também um dos principais produtores de especiarias, peixes, aves, gado e grãos. A produção de grãos alimentares cresceu significativamente nas últimas seis décadas: de cerca de 50 milhões de toneladas na década de 1950 para mais de 263 milhões de toneladas em 2013–2014, mais de 500%. Em relação às carnes, em 2015–2016 predominou o consumo de aves (46%), búfalo (23%), cabra (13%), suínos (5,5%) e gado (5%). Na última década, subsídios para fertilizantes, pesticidas, sementes, água, eletricidade, crédito rural e preços de suporte ao mercado desempenharam papel crucial no crescimento da produção agrícola de 4,6% ao ano. O crescimento da produção de alimentos, baseado no aumento da produtividade, será fundamental para prover sua sustentabilidade, manter preços internos estáveis, assegurar o sustento alimentar de sua crescente população, particularmente ao extrato mais pobre, dependente e subnutrido da população indiana, bem como gerar excedentes exportáveis. (REVISTA AGRÍCOLA, 2023).

Mercado popular de comércio de alimentos – Índia.

O notável aumento da produtividade agrícola indiano de 4.6% a.a., só está sendo possível graças à introdução da (AGTECHS) no agronegócio. A agricultura como a agropecuária informatizada e de precisão, baseadas na Inteligência Artificial-IA, desenvolve aplicativos para as suas diversas atividades que torna o Sistema agrário mais ágil e produtivo.

O programa eletrônico baseado na IA, introduzido como piloto no Estado de Telenganá, 2021, chamado Saagu Baagu (Avanço Agrícola), alcançou avanços significativos nas fazendas aumentando a produção e modernizando o sistema produtivo.

As tecnologias orientadas por IA oferecem soluções para uma variedade de desafios enfrentados pelos produtores rurais, como: otimização dos programas de plantio, monitoramento da saúde das culturas, previsão de infestações de pragas, análise de solo, emprego de pesticidas e fertilizantes e previsão de produtividade. Esses avanços tecnológicos e informatizados estão contribuindo com práticas agrícolas sustentáveis, economia de insumos, redução do uso excessivo de água, fertilizantes e pesticidas.      (FORBES STORE, 2024)

O valor da produção agrícola indiana alcançou em 2023 o resultado fantástico de USS 906 bilhões de dólares colocando o país como o segundo maior produtor de alimentos do mundo.

A maior empresa de agronegócio da Índia é a United Phosphorus Limited – UPL, fornecedora de insumos agrícolas, defensivos, fertilizantes e produtos químicos  com representação em mais de 150 países, inclusive o Brasil. (AG FEED NEGÓCIOS, 2023).

2.3 – EEUU.

O segundo maior país da América do Norte, e 3º país do mundo em  extensão territorial, com 9 834 milhões de km², o território dos Estados Unidos é bastante diversificado topograficamente apresentando: florestas temperadas, pantanais, planícies, desertos, vales, montanhas e a grande bacia fluvial formado pelos rios Mississipi-Missouri que, se deslocando no sentido do Norte para o Sul, irriga mais de 40% do país. Em face da grande diversificação de acidentes geográficos que apresenta, o clima é bastante variado de temperado no norte a subtropical e tropical no Sul. Embora a atividade agrícola ocorra em todos os 50 Estados americanos, ela é particularmente concentrada no Vale Central da Califórnia e nas Grandes Planícies, uma vasta extensão de terras aráveis ​​planas no centro do país, na região a oeste dos Grandes Lagos e a leste das Montanhas Rochosas.

Considerada a mais moderna, produtiva e avançada, tecnologicamente, do planeta a agropecuária americana é dividida em grandes Cinturões de Produção chamada ¨BELTS¨, onde, respeitando-se as tradições históricas de ocupação do solo pelo  produtor rural, se pratica a agricultura intensiva, informatizada, mecanizada e de precisão.

Os BELTS ou Cinturões de Produção são zonas agrícolas selecionadas para o cultivo de determinados produtos como tabaco, trigo, milho, algodão, soja, laranja, gado bovino etc.

De uma maneira geral, pode-se apontar três grandes zoneamentos agrícolas no solo americano: o Green Belts do Nordeste, o Central Belt e o Oeste Belts.

Mapa por Estado da produção de alimentos dos EEUU. ( Famous Food in Every State of the USA )

No Green Belts do Nordeste se concentra mais de 100 MM da população americana, que organizada em pequenas e médias propriedades rurais produzem hortifrutigranjeiros ( frutas, hortaliças, legumes ). Nessa região também se encontra a maior produção de leite (Dairy Belt) e indústria de laticínios do país;

No Central Belt, grande cinturão agropecuário localizado entre os Apalaches e as Montanhas Rochosas, situam-se enormes empresas monocultoras especializadas no plantio e colheita de grãos como: Wheat Belt – cultivo de trigo; Corn Belt – cultivo de milho e Cotton Belt – cultivo de algodão;

O maior e mais produtivo cinturão dos EEUU, o Oeste Belt, está subdividido em dois outros subcinturões: o Ranching Belt, o cinturão das centenas fazendas produtoras de gado bovino e ovino e o Dry- Farming, famoso pela produção de frutas como maçãs, peras, uva e laranjas.

Terceiro maior produtor de alimentos do mundo em 2023 (OCDE, 2023), as atividades agrícolas americanas ocupam uma área equivalente a 46% do solo americano. O país possui atualmente 1.9 milhão de propriedades rurais que são operadas por 3.37 milhões de produtores rurais. O valor da produção do setor atingiu o valor de USS 543,1 MM, em 2022 sendo que a pecuária contribuiu com 48% e agricultura com 52% desse total. (FORBES, 2024)

A maior  empresa agrícola americana é a Cargill. Com mais de 155 anos de história e presente em 70 países, com cerca de 160 000 funcionários, essa gigante do agro internacional oferece uma grande variedades de produtos e serviços que vão da agricultura à alimentação, impulsionando inovações e políticas agrícolas  globais (COMPRE RURAL, 2024)

2. 4 – BRASIL.

Maior produtor de alimentos da América Latina e 4º maior do mundo, com 8 510 000 km² de superfície, climas equatorial, tropical e temperado e vasta bacia hidrográfica irrigando seu solo, de norte a sul e de leste a oeste, o Brasil evolui rapidamente na produção de alimentos podendo ser considerado o “Celeiro do Mundo” (VARGAS, G. 1937).

Brasil um dos cinco maiores produtores de alimentos do mundo ( Paracaturural. Com )

Na evolução da produção de alimentos, um dos alicerces básicos de sua economia, o Brasil se desenvolveu, de uma maneira geral, em três fases distintas:

1ª Fase – Antes da “ Revolução Verde “ (WILLIAM GOWN, 1966),  onde a agricultura e a pecuária se desenvolviam, empiricamente, baseada na tradição e no artesanato rural, com poucos recursos científicos e tecnológicos, na pecuária e na lavoura movida por maquinário rudimentar e  pela força física motora humana e animal.

2ª Fase – Influenciada, incentivada e intensificada pela “Revolução Verde“ tecnologia que eclodiu no mundo a partir dos EEUU (1960), transformando a agropecuária em escala global com inovações tecnológicas e novos meios e processos de produção, a Revolução Verde preconizava: o uso de sementes geneticamente modificadas, uso de fertilizantes e agrotóxicos, mecanização agrícola do solo com uso de tratores, semeadeiras e colheitadeiras e insumos industriais modernos. Segundo a FAO, a produção agrícola mundial, com a  “Revolução Verde “, aumentou em cerca de 300% a produção de alimentos no mundo, entre 1960 e 2020.

3ª Fase – A terceira fase, a mais exitosa no Brasil, começou na década de 1970 com a  criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA (1972) no governo do Presidente Medici, pelo pesquisador e economista José Irineu Cabral, com a finalidade de promover, estimular, coordenar e executar atividades de pesquisa, com objetivo de produzir conhecimentos e tecnologia para o desenvolvimento agrícola do país. Dar apoio técnico e administrativo a órgãos do Poder Executivo, com atribuições de formulação, orientação e coordenação das políticas de ciência e tecnologia no setor agrícola (Art 2º, Lei 5 851-EMBRAPA).

Para viabilizar tecnicamente a EMBRAPA, autarquia  federal do MAPA, o Ministro  da Agricultura Alisson Paolinelli investiu em ciência e tecnologia, enviando 2 mil pesquisadores para realizar cursos de pós-graduação nas  melhores instituições  de ensino do mundo, com a condição que na volta aplicassem o conhecimento adquirido  na EMBRAPA. Foi também o responsável por implantar 43 Centros de Pesquisa nos vários Estados do país, vinculados à EMBRAPA.

Graças a essa visão holística de integração e desenvolvimento nacional da agropecuária de Alisson Paolinelli, o Brasil conquistou o Cerrado e incluiu esse bioma e a região Centro-Oeste na produção agrícola do país.

Atualmente o Brasil utiliza 7.6 % da área de seu território com 5 073 324 grandes, médias e pequenas propriedades rurais. É responsável por 21% dos empregos formais e participou em 2023 com 24.8 % do PIB nacional e 47.6% das exportações brasileiras. O valor de produção do setor agrícola alcançou a cifra de RS 1.159 trilhão. (EMBRAPA, 2023)

A maior empresa brasileira no setor agropecuário e uma das maiores do mundo, a JBS está presente nos cinco Continentes e atende cerca de 300 mil clientes em mais de 20 nações ao redor do mundo. Seu faturamento em 2023 foi de 364 bilhões de reais (FORBES, 2023)

2.5 – RUSSIA.

Detentora da maior extensão de terra do planeta, com parte na Europa e na Ásia, transnacional, a Rússia com 17 098,246 km² é classificada hoje como a 5ª maior potência produtora de alimentos do mundo. (FORBES,2023). De clima bastante variado de ártico no norte do país a temperado no sul, sua geografia é caracterizada pela presença de extensos rios (Volga, Lena, Ob), pelas  imensas formações de planícies, planaltos, desertos e imensa cobertura vegetal de tundra, taigas e estepes. Do imenso território russo, 720.500 km² é ocupado por água e somente 13.1 % usado para agricultura e pastagens. (CANAL RURAL,202 ).

Rússia maior produtora de grãos do mundo. Statistics, 2018

A agricultura e o sistema agroalimentar russo se desenvolveram em três regimes históricos distintos: primeiro regime, de 1870-1914/30, sob a hegemonia capitalista e interesse do Império Britânico, a nobreza latifundiária, predominante na época, pouco se interessou em inovar a agricultura e aumentar sua produtividade. Mesmo assim, com a agricultura camponesa artesanal reprimida e sem recursos do governo federal, a exportação de grãos do país quintuplicou aumentando na metade as exportações do país no período de 1806 -1905 ( SHANIN, 1986). O segundo regime, pós 2ª GM (1945-1973/85) foi construído sob liderança financeira dos EEUU e influências do sistema monetário de Bretton Woods, a ideologia anticomu­nista da Guerra Fria e a subordinação das periferias através da difusão dos programas de “ajuda alimentar” e dos pacotes tecnológicos da “re­volução verde”. O rompimento da aliança operário-camponesa com o fim da Nova Política Econômica (NEP) e a coletivização forçada da agri­cultura resultaram na formação de grandes fazendas estatais (sovkhozy) e coletivas (kohlkhozy) mecanizadas, de onde eram extraídos os recursos para a industrialização soviética (NIEDERLE ET AL, 2018).  O terceiro regime ( 1995 – 2024 ), também sob a influência monetária americana do dólar flexível, ideologia neoliberal e o predomínio das corporações transnacionais do agronegócio, não melhoraram as condições de produção agroalimentar da Rússia, principalmente com as reformas pró-mercado implementadas na década de 1990 pelo presidente Boris Yelstsin, que incluíram a privatização das terras e dos ativos dos kolkhozy e sovkhozy .  A “terapia de choque” dessas reformas de­sorganizou a agricultura, fez a produção desabar e desmontou o sistema de bem-estar existente, deixando as famílias em condições vulneráveis (NIEDERLE ET AL, 2018).

A grande mudança, transformação e modernização da agricultura e a produção agroalimentar russa veio no segundo mandato do presidente Putin ( 2004 – 2008 ) com o forte crescimento econômico, o boom dos preços das commodities e o aquecimento da deman­da interna e externa, com a terra sendo percebida como um ativo valori­zado, atraindo capitais vindos de outros países e setores para o agronegócio russo (VISSER; MAMONOVA; SPOOR, 2012). Teve início então um processo de formação de mega fazendas, em geral consolidadas sob a propriedade e o controle de “agro holdings” pertencentes à oligarcas conhecidos – razão pela qual, ganharam o apelido de “oligarkhozy” (NIKULIN, 2011).

A maior parte dos investimentos na agricultura russa era capital “repatria­do” de seus oligarcas, mas também incluía fundos soberanos do Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, Líbia, Coreia do Sul e China, bem como uma variedade fundos de pensão, fundos de hedge e fundos de private equity dos EUA, Canadá, Israel, Dinamarca, Alemanha, Luxemburgo, Suécia e Suíça, etc.  (WENGLE, 2021).

Em 2016, o Censo agropecuário realizado em todo território soviético registrava 36 mil organizações agropecuárias, sendo 19 592 agroholdings – aglomerado de empresas de capital internacional – destacando-se, entre outras, as gigantes: Mirartog, com 1 milhão de ha, maior produtora de carne suína e segunda maior produtora de aves; Prodimeks/Agrokul´tura com 865 mil ha, maior produtora de grãos ( trigo, cevada, girassol ) da Rússia; Agrokompleks com 653 mil ha, maior produtora de carnes e laticínios; Rusagro, com 643 mil ha, maior fabricante de margarina, a segunda maior fabri­cante de maionese e óleos vegetais, a terceira de açúcar e um dos maio­res produtores de soja e milho; EkoNiva, com 599 mil ha,  maior produtora de leite. Com as próprias vacas, fábricas de ração e plantas de processamento, abastece a Danone e outros grandes laticínios e vende leite fluído e produtos lácteos sob marca própria (ESCHER, 2024) .

Na produção total de alimentos, conforme censo agropecuário, 2016, a agricultura familiar soviética representada por um conjunto de 23 milhões de unidade rurais, divididas em 17.5 milhões fazendas subsidiárias, 5.9 milhões em domicílios rurais e 174 mil fazendas camponesas, produziu 47.2 %  (ROSSTAT, 2018).

Com uma safra de produção de alimentos de 240 milhões/ton (2023), estimada em USS 500 bilhões de dólares, e participação de 5.5% no PIB da Rússia, os principais alimentos produzidos na agropecuária são: trigo, cevada, girassol, aveia, colza, beterraba açucareira, etc., sendo importante também bovinos, suínos, ovinos  e aves. (AGROFY, NEWS) .

*Edino Camoleze – Cel Vet EB. MS em Tecnologia de Alimentos. Zoogeografia de Animais da América do Sul.  Acadêmico Titular da ABRAMVET. email: edino0644@gmail.com.
Foto de capa:  Freepik.com