Segundo pesquisa concluída pelo núcleo Gado de Corte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), medidas simples e rotineiras são essenciais para a prevenção dessa praga, apontada como um dos principais problemas da pecuária brasileira. Ela ataca o rebanho bovino, mas pode afetar também equinos, suínos e até o homem.
O inseto, de aparência e tamanho semelhantes à de moscas domésticas, se alimenta de sangue e é encontrado nas proximidades de estábulos e criações de gado em confinamentos (ambientes fechados).
De acordo com o pesquisador do núcleo, Paulo Henrique Duarte Cançado, os ataques da mosca ocorrem principalmente no lombo e nas patas dos animais, o que deixa os animais inquietos e irritados. O dano causado pela picada acarreta a perda de peso e até morte.
Em emergências, o inseticida é uma alternativa para o produtor, porém, por não ser uma opção sustentável, e seu uso contínuo propiciar a seleção e desenvolvimento de populações de moscas resistentes, deve ser utilizado apenas em casos extremos.
A pesquisa mostra que a prevenção e controle podem ser feitos a partir de medidas simples e que devem fazer parte da rotina dos criatórios, destacando-se entre elas:
Manter a higiene das instalações, limpando as fezes e restos alimentares, principalmente em propriedades com sistema de confinamento ou leiterias (estabelecimentos de venda de leite e derivados); e
Remover e dar destino adequado (espalhamento ou compostagem) aos resíduos alimentares de animais, bem como de dejetos e matéria orgânica acumulados, pois representam fontes de criação de larvas de moscas.
Fonte: Embrapa