O desenvolvimento do soro (inédito no mundo) é resultado de uma parceria entre o Instituto Vital Brasil (IVB) e a Universidade Estadual Paulista (UNESP), entidades vinculadas, respectivamente, aos governos do estado do Rio de Janeiro e de São Paulo.

As pesquisas sobre o soro levaram 12 anos para ser concluídas e envolveram estudos de laboratório e testes em animais e seres humanos, dizem os coordenadores do projeto, Marcelo Abrahão Strauch, do (IVB), e Rui Seabra Ferreira Júnior, do Centro de Estudos de Venenos de Animais Peçonhentos da UNESP.

A próxima etapa do projeto, segundo eles, é a fabricação do medicamento, que ficará a cargo do IVB. Com o início da produção do soro – que deverá ocorrer até 2022 –, o Brasil passará a ser o único país a dispor do medicamento.

Atualmente, há 45 produtores de soros para animais peçonhentos no mundo, mas nenhum fabrica o soro contra  veneno de abelha.

O soro é preparado com o próprio veneno da abelha (ver foto/UNESP). Para isso, a veneno do inseto é injetado em cavalo e, após a produção de anticorpos específicos pelo animal, amostras do sangue são recolhidas para a obtenção do plasma que será purificado e processado até chegar ao produto final.

Fonte: UNESP