Pesquisadores do núcleo Recursos Genéticos e Biotecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) conseguiram resolver um dos maiores desafios para o uso da mamona (Ricinus communisL.) na alimentação animal. Eles desenvolveram uma mamona sem ricina, uma das substâncias mais tóxicas conhecidas que chega a ser citada na Convenção Internacional para Proibição de Armas Químicas.

Proteína presente na semente da planta, a ricina inviabiliza o uso da torta de mamona, subproduto do processamento do óleo de mamona, na alimentação animal.

Na pesquisa, coordenada pela equipe do pesquisador Francisco Aragão, foram geradas mamoneiras sem a presença de ricina por meio de silenciamento gênico, técnica que permite “desligar” genes específicos.

O teor de óleo na semente de mamona varia de 40% a 43%. Após a extração do óleo, a torta resultante é utilizada como fertilizante orgânico, com baixo valor no mercado. A torta de mamona sem ricina poderá ser utilizada na formulação de rações animais, elevando, assim, o seu valor de mercado.

Foto: Coube a Aragão a tarefa de coordenar as pesquisas sobre a mamona sem ricina. Crédito da foto: Claudio Bezerra.