Por meio de uma parceria entre instituições públicas e privadas, pesquisadores do núcleo Pantanal (Mato Grosso do Sul) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) desenvolveram a versão brasileira dos módulos coletores GPS (Sistema de Posicionamento Global) – conhecidos também como colares GPS –, para obtenção de informações sobre a localização de animais silvestres, entre eles cervos, jacarés, veados campeiros e um tipo de porco selvagem conhecido como queixadas.
“O ineditismo do equipamento não está na tecnologia, mas na fabricação brasileira”, diz Marcos Tortato, empresário da Tigrinus Equipamentos para Pesquisa, empresa fabricante do equipamento. E explica: “Um colar para monitorar cervos-do-pantanal, por exemplo, custa em torno de três mil reais se for produzido aqui. Se importássemos um colar com as mesmas especificações técnicas (dos equipamentos produzidos no Brasil), ele não sairia por menos de seis mil reais”.
O projeto que possibilitou o desenvolvimento e a fabricação dos colares GPS brasileiros é coordenado pela EMBRAPA Pantanal com patrocínio da Companhia Elétrica de São Paulo (CESP), a parceria da empresa Tigrinus e gerenciamento de recursos pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de MS(FUNDECT).
Na foto (de Walfrido Tomas): um tipo de porco selvagem conhecido como queixadas.