A Academia de Medicina Veterinária no Estado do Rio de Janeiro destaca a importância de uma atenção permanente

Medidas de ordem sanitária adotadas em função da pandemia da Covid-19, em destaque o isolamento social, permitiram que a natureza se reinventasse frente aos anos de agressões causadas pelos seres humanos gerando tantos desiquilíbrios ecológicos. Dessa forma a diminuição repentina no turbilhão de elementos gerados pela população humana, como por exemplo a diminuição do movimento de pessoas nas áreas urbanas, do excesso de barulho dos motores de aviões, helicópteros, caminhões, máquinas, carros, motos e tantos outros, vem propiciando com que a natureza tente se recuperar dessas grandes feridas, permitindo que seus habitantes nativos retornem ao seu espaço e modo de vida, razão pela qual vêm sendo visualizadas espécies silvestres que há muito não eram encontradas nas áreas urbanas.

Espécies silvestres estão aparecendo nas cidades

Dentre elas, os mamíferos de vida livre, que podem ser veiculadores de vírus da Raiva,e desenvolverem a doença, com a consequente possibilidade de transmissão ao homem.

Frente a esta possível ocorrência, a Academia de Medicina Veterinária no Estado do Rio de Janeiro alerta a população em geral quanto à necessidade de estar atenta em relação a medidas básicas e essenciais para a prevenção e controle da Raiva em animais domésticos:

Como proceder para se defender

  • Não se aproximar, muito menos alimentar, animais silvestres, principalmente se estes se apresentam com comportamento diferenciado do natural;
  • Manter atualizada a vacinação contra a Raiva dos animais de companhia, especificamente cães e gatos;
  • Manter atualizada a vacinação contra a Raiva dos animais de produção;
  • Atenção para a presença de morcegos, tanto no meio urbano quanto rural, pois são eles os principais transmissores naturais de vírus da Raiva;
  • No meio urbano, fendas de dilatação de prédios e forros de telhados servem de abrigo para os morcegos, mas também pequenas cavidades e matas, razão pela qual residências nas proximidades destas estruturas deverão telar suas janelas, portas e entradas de ventilação de telhados. Sendo possível, manter uma luz acesa;
  • No meio rural em estábulos e currais, sempre que possível utilizar tela e manter luz acesa; no campo aberto, estar atento para a espoliação noturna pelos morcegos hematófagos no gado, nos animais de trabalho e nas aves.

O que fazer no caso de contato com morcegos

  • No caso de pessoas, entrar em contato urgente com a unidade de saúde mais próxima;
  •  Contato de animais com morcegos, no meio urbano, entrar em contato urgente com o Serviço de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde;
  •  Contato de animais com morcegos, no meio rural, entrar em contato urgente com o Serviço Sanidade Animal da Secretaria Municipal de Agricultura ou Secretaria Estadual de Agricultura;
  • Ao encontrar um morcego caído no chão, isolar o ambiente colocando um balde por cima dele, e entrar em contato urgente com o Serviço de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, o Serviço Sanidade Animal da Secretaria Municipal de Agricultura ou a Secretaria Estadual de Agricultura.