Essa conclusão consta de estudo de doutorado defendido pela zootecnista Letícia Custódio na Universidade Estadual Paulista (UNESP), núcleo Jaboticabal, em São Paulo.

O trabalho da pesquisadora, desenvolvido como parte de um projeto da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), teve por fim avaliar rações para gado de corte e, nele, ela diz ter encontrado 100% das amostras examinadas contaminadas com micotoxinas, sendo 7% com alta contaminação”.

De acordo com Letícia, “os resultados do estudo mostram que é praticamente impossível preparar uma dieta para gado de corte sem contaminação, ainda que mínima, por micotoxinas (substâncias produzidas por fungos); isso porque o fungo está naturalmente presente nas matérias-primas utilizadas”. “No entanto”, explica. “é importante que essa contaminação esteja situada em um nível baixo, para diminuir ao máximo os danos causados pelas substâncias”.

“Nos meus experimentos”, prossegue  Letícia, “mesmo com uma contaminação considerada baixa, observamos uma queda de 200 gramas de ganho médio diário por animal – o que equivale, no final do processo produtivo, a 26 quilos a menos no peso corporal do animal. Isso significa redução da produtividade dos animais e prejuízo para o criador, ou seja, menos dinheiro em seu bolso”, conclui.

Fonte: APTA