Essa novidade é uma conquista da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), em Bauru (SP), e é  fruto do projeto  Crescimento de Bovinos de Corte no Modelo Biológico Superprecoce, desenvolvido desde 1992 por aquela instituição.

O novilho superprecoce resulta do cruzamento, por inseminação artificial,  de gado Nelore (originário da Índia) com raças europeias – Angus, Hereford, Simental, Braunvieh, Charolês, Limousin e Pardo Suíço.

Segundo a UNESP, o animal foi desenvolvido sem  o uso de anabolizante (hormônio que acelera o ganho de peso dos bovinos) e pesa 450 quilos (a maioria dos novilhos criados no país requer de três a quatro anos para atingir esse peso).

Para chegar ao animal os pesquisadores suprimiriam uma das três fases do projeto  de gado de corte da UNESP: a recria  ( as outras duas são: cria e engorda).

Exemplo: o bezerro que resultou no novilho foi desmamado aos sete meses com 230 quilos – idade em que normalmente só teriam 200 quilos– e foi direto para a engorda em regime de  confinamento (ambiente fechado). “O animal não passou, portanto, pela fase comum e onerosa da recria, que costuma durar de dois a três anos”, explicam os pesquisadores, acrescentando:

“ O sistema antecipa não só a idade do abate dos machos para, no máximo,  13 meses, como também a primeira parição das fêmeas – preservadas em parte para a reprodução -, que pode ocorrer aos dois anos de idade, enquanto que, na criação tradicional,  o primeiro parto só acontece depois dos três anos de idade”.

Fonte: UNESP