O novo medicamento demonstrou 100% de eficácia nos testes com bovinos e já foi patenteado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A vacina, de acordo com pesquisadores da UFMG, “permitirá o controle/erradicação” da doença, que se caracteriza como uma zoonose, pois afeta animais e ordenhadores (tiradores de leite de vacas).

A vaccínia bovina é de grande incidência no Brasil, principalmente em Minas Gerais, principal produtor de leite do país. Entre as características mais comuns da doença estão lesões ulcerativas que, nos bovinos, ocorrem, na maioria dos casos, nas tetas das vacas e úbere, e no focinho, boca e gengiva dos bezerros. Em humanos, as lesões ocorrem, principalmente, na mão, podendo passar para o antebraço e o rosto.

Os impactos socioeconômicos causados pela doença são consideráveis e estão associados à queda de produção do leite pelo gado infectado – chega a 80% – e pelo afastamento do ordenhador do trabalho por mais de uma semana. As pequenas propriedades são as mais atingidas pela doença, sobretudo as que praticam a ordenha com mão-de-obra familiar.