Desenvolvida pela Universidade Federal de Viçosa-UFV (localizada na cidade do mesmo nome em Minas Gerais), a vacina tem por fim imunizar suínos contra o vírus PCV2 da circovirose. Essa doença ataca o sistema imunológico de suínos em criatórios de todo o mundo, principalmente após o desmame, e facilita a entrada de outras enfermidades, causando significativa mortalidade de animais e elevados prejuízos aos criadores.
“Inédita no Brasil, a vacina é fruto de 15 anos de pesquisas”, informam os coordenadores do estudo: os pesquisadores Márcia Rogéria de Almeida Lamêgo, da Sanches&Almeida Biotec Consultoria e Inovação, e Abelardo Silva Júnior, do Departamento de Veterinária da UFV.
Segundo eles, as vacinas disponíveis no Brasil para prevenção das infecções causadas pela circovirose são importadas e muito caras.
para chegar à nova vacina os pesquisadores testaram o produto em camundongos e suínos naturalmente infectados e os resultados mostraram que a vacina tem eficiência superior às importadas disponíveis no mercado brasileiro.
De acordo com a pesquisadora Márcia de Almeida, depois de testada, a tecnologia da vacina foi apresentada a empresas especializadas em sanidade animal no Brasil. Uma empresa de Ribeirão Preto (SP), apresentou a melhor proposta e, desde 2015, vem realizando as adaptações para produção em escala industrial. “Nós estamos acompanhando tudo e dando continuidade às pesquisas para esta adaptação”, diz ela.
A Rússia foi o último país, até agora, a reconhecer a vacina. O medicamento já foi patenteado na Colômbia, Estados Unidos e no México e há processos para patenteamento no Uruguai, Argentina, China e Comunidade Europeia.
O estudo sobre a vacina foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Fonte: UFV