Dados da Embrapa apontam que cerca de 80% do leite produzido no Brasil provêm de rebanhos Girolando, que foi reconhecida como raça leiteira nacional por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 1996. Além de liderar as vendas de sêmen entre as raças leiteiras nacionais, nesses 28 anos, vem acumulando recordes.

De acordo com a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, em 2023, foram alcançados os melhores números de registro de animais, desde 1989, quando a entidade iniciou o Serviço de Registro Genealógico no Brasil.

No Controle/Registro de Nascimento, os técnicos efetuaram 42.640 registros, ante 39.879 em 2022. Já na categoria Controle/Registro Definitivo – Genealogia Conhecida, foram feitos 37.586, frente aos 36.114 de 2022. Somando as demais categorias do serviço, foram efetuados 97.352 registros em 2023, bem à frente dos 93.551 no ano anterior.

“Esses dados mostram que, apesar do difícil momento que vive a pecuária leiteira, o pecuarista continua acreditando nos animais Girolando para produzir com qualidade e rentabilidade. Estamos atuando junto ao Mapa para que a raça seja reconhecida como ‘Girolando, a raça Nacional’”, relata o presidente da entidade Domício Arruda.

Curiosidade

Apesar do reconhecimento tardio, a raça Girolando tem mais tempo de Brasil. Surgiiu na década de 1940, no Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo, quando um touro Gir teria invadido uma pastagem vizinha e coberto algumas vacas da raça Holandesa.

Ao nascerem os produtos desse cruzamento, os criadores observaram que eram animais com características diferentes e que, com o tempo, foram demonstrando maior rusticidade, precocidade e grande produção de leite.

Com informações da assessoria de imprensa da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando