Fertilizando viveiros de criação de pirarucu, é possível que os peixes tenham cerca de 20% a mais de peso em comparação a viveiros sem esse recurso. É o que indica pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) dentro do projeto Pirarucu da Amazônia.
Além desse ganho, houve conversão alimentar mais eficiente, ou seja, em média, os peixes consumiram menos alimento para ganhar cada quilo de peso.
Na fase da recria, o uso da fertilização em viveiros possibilitou obter animais com peso médio de 0,90 kg, enquanto que, em viveiros em que não houve fertilização, esse peso ficou em 0,75 kg. Fazendo as contas, os 20% de aumento são resultado da produtividade média dos peixes.
“Os resultados foram excepcionais e muito acima das expectativas da equipe de pesquisadores, que esperava um efeito mais modesto,
pois o pirarucu é uma espécie de hábito alimentar carnívoro/ictiófago” diz Fabrício Rezende, um dos pesquisadores envolvidos no estudo. Animais ictiófagos são aqueles carnívoros que têm peixes como base de sua dieta.
Foto: Jefferson Christofoletti