Relatório do Rabobank sobre as perspectivas globais para a carne suína no primeiro trimestre de 2021 indica que, enquanto a Peste Suína Africana (PSA) continua a impactar a produção de carne de porco na Ásia e na Europa, bem como os fluxos comerciais globais, a Covid-19 segue causando impacto em toda a cadeia de suprimentos, embora a demanda deva melhorar em várias regiões em 2021, em razão da recuperação econômica.

O estoque global de carne suína poderá aumentar na Ásia e nas Américas do Sul e do Norte, mas deve enfrentar desafios na Europa.

Enquanto a China segue dominando o mercado global, a perspectiva é de que o gigante asiático reduza as importações em 2021, o que deve gerar ramificações no restante do mundo, especialmente na Europa, onde a proibição comercial na Alemanha, devido a surtos de PSA, está aumentando a oferta e pressionando o mercado.

Brasil

As exportações de carne suína brasileira atingiram recorde em 2020, excedendo 1 milhão de toneladas, o que representa um crescimento de 36% em relação ao ano de 2019. Os preços domésticos aumentaram em resposta ao forte ritmo dos embarques e dos elevados custos de produção.

O Rabobank estima que os custos com a alimentação dos animais irão permanecer em patamares altos nos próximos meses. Apesar disso, há uma expectativa de aumento de 2,50% na produção em 2021, baseados na recuperação da demanda interna e de um novo ano de exportações fortes.

China

Após reabastecer fortemente os estoques de carne suína em 2020, a China deve aumentar a produção local em 2021. A PSA continua a se espalhar, mas o impacto da doença continua a diminuir, e está, em grande parte, controlada.

As fazendas de produção em larga escala seguem crescendo, investindo em biosseguridade. A demanda deve se recuperar com a redução dos impactos da Covid-19 e preços mais baixos.

Já a redução das importações de carne suína por parte da China, que atingiram recorde em 2020, devem impactar o resto do mundo.

 

 

Fontes: Notícias Agrícolas e Rabobank

Equipe SNA