A propagação da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) na China pode afetar de forma significativa a produção local de suínos e resultar em maior necessidade de importação até o começo de 2019. A informação foi divulgada pelo Rabobank em relatório trimestral sobre o setor.
Segundo o banco, embora o número oficial de animais sacrificados no país seja relativamente pequeno, existe a possibilidade de mudança radical na oferta nos próximos meses, o que teria impacto sobre o mercado global.
Desde agosto, está proibido o transporte de animais vivos de regiões afetadas. Por isso, algumas áreas do país que são grandes consumidoras, mas não têm produção, estão enfrentando escassez de oferta e forte alta dos preços.
As importações chinesas de carne suína aumentaram 10% em agosto em relação a igual período do ano passado, talvez refletindo esses desequilíbrios regionais, segundo o Rabobank.
Para a instituição, essas importações devem continuar crescendo de forma constante até o fim do ano e podem superar os níveis de 2017. O Rabobank também espera um aumento das importações no próximo ano.
O banco destaca ainda os casos de peste suína africana em javalis na Bélgica. O surto deve ter sérias consequências para exportadores belgas, mas não afeta de modo significativo os embarques da União Europeia.
A Bélgica é responsável por apenas 2,5% das exportações de carne suína do bloco. Caso a doença se espalhasse para países vizinhos como Holanda ou Alemanha, o impacto seria bem maior, diz o Rabobank.
Fonte: Estadão Conteúdo