A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) discutiu com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) o processo de produção de alimentos alternativos para alimentação de ruminantes, como as farinhas de pena, de peixe e de sangue. A reunião aconteceu na segunda (14), em Brasília, e teve a participação de representante da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA).
O assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Thiago Rodrigues, ressaltou a importância da liberação do uso desses produtos de origem animal, garantindo ações de controle sanitárias para a proteção dos rebanhos.
“Com a utilização desses produtos, os produtores rurais brasileiros terão mais opções de ingredientes para a alimentação de seus animais. A ideia é oferecer ao produtor fontes alternativas de alimentos, seguros sob o ponto de vista sanitário e também com alto potencial nutricional de uso”, explicou.
Além disso, completou Rodrigues, esses subprodutos poderão proporcionar custos de produção reduzidos. “Isso permitirá que o Brasil melhore a competitividade diante de outros mercados, como Nova Zelândia e Austrália, onde é permitido o uso dessas farinhas”.
Com uma abordagem para apresentação do fluxo de obtenção das farinhas de origem animal, o consultor Lucas Cypriano, da ABRA, reforçou para o Ministério que o processo de tratamento para transformar resíduos animais em farinhas elimina os riscos de transmissão de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), maior preocupação do Mapa.
O nível de controle exigido hoje pela legislação brasileira indica ser improvável que um príon, causador da EEB clássica, esteja presente no país e possa ser disseminado por meio do fornecimento de farinhas de pena, de peixe e de sangue aos ruminantes.
Durante a reunião, a CNA demonstrou ao Mapa a importância de trabalhar o tema e aguarda agora um direcionamento do Ministério quanto à avaliação de liberação de uso das farinhas de origem animal na alimentação de ruminantes.
Assessoria de Comunicação CNA/SENAR