Aguardam-se as retificações. Porque, divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os dados relativos às exportações da primeira semana de maio (cinco primeiros dias úteis do mês) se mostram totalmente inconsistentes com o desempenho habitual do setor. E não só com o da carne de frango.

Os gráficos abaixo, elaborados a partir das informações divulgadas, deixam isso bem claro. No caso do frango, a média embarcada no período superou as 27.000 toneladas diárias (gráfico à esquerda), resultado que significou embarques totais de 138.430 toneladas em cinco dias.

Seria bom se fosse verdade. Mas a realidade é que nem mesmo nos melhores momentos das exportações esses volumes foram atingidos: a média diária máxima não chegou a 19.000 toneladas (abril de 2018) e, por conseguinte, o maior volume exportado no espaço de cinco dias úteis jamais chegou às 100.000 toneladas. Os números ontem divulgados apontam volume quase 40% superior a esse volume.

Como foi dito inicialmente, o problema detectado não envolve apenas a carne de frango, mas todos os produtos exportados, inclusive as carnes bovina e suína. E uma das conclusões a que se chega é que as médias diárias originais podem ter sido duplicadas.

Supondo-se que isso tenha realmente ocorrido, os embarques de carne de frango desta primeira semana de maio registraram média diária em torno de 13.843 toneladas, desempenho que projeta para a totalidade do mês (20 dias úteis) um volume próximo das 277.000 toneladas.

 

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