A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou, na última sexta-feira (4/10), que 6.277.994 suínos já foram eliminados em países asiáticos por causa da contaminação com a Peste Suína Africana (ASF, na sigla em inglês).

O número representa um aumento de 40.097 animais em relação ao levantamento anterior da organização, de 27 de setembro. Os dados da FAO foram atualizados até a quinta-feira (3/10). Segundo a organização, o balanço da entidade compila informações extraídas dos órgãos federais dos países.

A FAO informou também que onze novos focos da doença foram detectados no continente asiático. Dos novos casos detectados, seis foram reportados na Coreia do Sul, quatro nas Filipinas e um em Mianmar. Com a atualização, a FAO estima 369 focos da doença espalhados pela Ásia, em comparação a 358 do relatório anterior da organização.

A revisão no número de animais abatidos em virtude da infecção com o vírus se deve principalmente à elevação no número de suínos eliminados nas Filipinas. Agora, novos focos da doença foram identificados nas províncias de Bucalan e Luzon Island, num total de quatro casos levando ao descarte de 22.000 animais.

Segundo o Departamento da Agricultura do país, desde que o primeiro surto foi detectado em 9 de setembro, 15 casos foram registrados em quatro províncias, levando à eliminação de 37.000 animais.

No levantamento desta sexta-feira, a FAO incluiu a identificação de novos seis focos da doença na Coreia do Sul, que levou à eliminação de 18.000 animais. O Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais do país informou que desde que a doença foi notificada, duas cidades foram atingidas e 39.100 animais eliminados.

Em Mianmar, um novo foco foi relatado em aldeia de Tachileik e 32 animais foram eliminados. Desde que o primeiro caso foi detectado pelo governo local em 1º de agosto, a epidemia atingiu aldeias da província de Shan State com cinco focos e já levou ao abate sanitário 163 animais.

Nos demais países afetados pela doença no continente, Vietnã, China, Mongólia, Camboja, Laos e Coreia do Norte, os números ficaram inalterados em relação ao balanço anterior. O Vietnã tem a pior condição quanto ao volume de animais levados ao abate sanitário, com 5 milhões de animais eliminados.

No país, segundo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural local, a epidemia atingiu 63 províncias, desde o relato da doença em 19 de fevereiro. A situação mais crítica, em termos de extensão, continua sendo a da China, com 158 focos em 32 províncias, incluindo a região administrativa de Hong Kong.

Desde a identificação do surto, em agosto do ano passado, 1.17 milhão de suínos foram abatidos, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país.

A Coreia do Norte permanece com um foco da doença identificado, desde 23 de maio, levando à eliminação de 77 animais. Quanto à Mongólia, desde o primeiro caso detectado em 15 de janeiro, 11 surtos foram notificados em seis províncias, o que ocasionou o abate de 3.100 animais, aproximadamente 10% do plantel do país.

No Laos, desde a detecção da epidemia em 20 de junho, 94 focos foram relatados em 14 províncias e 25.000 animais foram eliminados. No Camboja, de acordo com o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do país, desde a identificação da doença, em 2 de abril, 2.850 animais foram abatidos e cinco províncias foram atingidas.

Os dados da FAO divergem das estimativas de mercado, por contabilizarem somente os números divulgados pelos órgãos oficiais de cada país.

 

Estadão Conteúdo