Frango vivo, ovo e milho continuam distantes da inflação que o País vem acumulando desde 1994, ano em que foi implantado o atual padrão monetário brasileiro. Mas o que faz jus a uma análise, no momento, é a paridade de preços registrada entre o ovo e o frango a, ainda, dos dois produtos com sua principal matéria-prima, o milho.

Um ano atrás, acumulando então um aumento de preço de cerca de 300%, o frango vivo e ovo mantinham entre si uma paridade de preços muito similar à observada em 1994, por ocasião da implantação do real. Mas, então, o milho registrava diferença próxima de 200%, acumulando preços quase 500% superiores aos de 1994.

Um ano depois, a diferença entre milho e frango vivo praticamente desapareceu. Pois em março passado, enquanto os preços do milho experimentaram uma queda de 3,5% em relação a março de 2018, os do frango vivo acumularam alta de quase 37%. Assim, na vigência do real, ambos incorporam incremento de preço em torno de 450%.

Em decorrência, se em meados de 1994 uma tonelada de frango adquiria cerca de 4,7 toneladas de milho, agora este volume ficou próximo de 4,5 toneladas apenas 4,5% a menos.

Já o ovo enfrenta situação bem diferente, ainda que nos últimos dois meses tenha registrado alguma valorização em relação aos baixíssimos preços de janeiro passado, os menores dos 50 meses encerrados em março passado.

Em 1994, quando novo padrão monetário passou a vigorar no País, uma caixa de ovos gerava receita suficiente para adquirir 2,5 sacas de milho (151 quilos do grão). Em março de 2019, quase um quarto de século depois, essa mesma caixa de ovos adquire não mais que 1,6 sacas de milho, ou seja, menos de 100 quilos do grão (redução superior a 34%).

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