Os abates de bovinos e suínos do Brasil registraram aumento no segundo trimestre na comparação anual e em relação aos três meses anteriores, em meio a fortes exportações do país, com as vendas sendo impulsionadas pela maior demanda da China, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apenas o abate de bovinos registrou alta de 4,10% no segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, para 8.08 milhões de cabeças. Na comparação com o trimestre anterior, houve aumento de 2,40%, segundo informações preliminares da Estatística da Produção Pecuária do IBGE.

As exportações de carne bovina do Brasil, maior exportador global, aumentaram 20,10% de janeiro a julho em relação ao mesmo período do ano passado, para 982.000 toneladas, conforme informou na semana passada a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

O IBGE registrou ainda a produção de dois milhões de toneladas de carcaças bovinas no segundo trimestre, um aumento de 3,60% em relação ao primeiro trimestre de 2019 e de 5,50% em relação ao mesmo período de 2018.

A China, atingida pela Peste Suína Africana, está lidando com a menor oferta de carne de porco, o que tem impulsionado a importação de mais cortes de várias proteínas. Os embarques de carne bovina para os chineses avançaram mais de 10% nos sete primeiros meses do ano.

Com relação ao abate de suínos, o IBGE contabilizou 11,39 milhões de cabeças, representando aumentos de 0,70% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 5,10% na comparação com o mesmo período de 2018.

O peso acumulado das carcaças suínas foi de 1.02 milhão toneladas no segundo trimestre, representando altas de 2,50 em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 4,30% em relação ao mesmo período de 2018.

No acumulado do ano, as exportações de carne suína do Brasil totalizaram 414.500 toneladas – volume 19,62% maior que o total embarcado entre janeiro e julho do ano passado, segundo dados divulgados pela associação ABPA.

Já o abate de frangos caiu 1,50% em relação ao trimestre anterior, para 1.43 bilhão de cabeças. Mas houve um aumento de 3,60% na comparação com o mesmo período de 2018.

O peso acumulado das carcaças de frango foi de 3.35 milhões de toneladas no período, com queda de 1% em relação ao trimestre anterior e aumento de 0,40% em relação ao mesmo período de 2018.

As exportações de carne de frango do Brasil, maior exportador global, avançaram 5,80% entre janeiro e julho de 2019, segundo a ABPA.

Os resultados definitivos e por Estado da Estatística da Produção Pecuária, do IBGE, serão divulgados em 12 de setembro, completou o instituto em nota.

 

Reuters