A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou que 6.692.399 suínos já foram abatidos em países asiáticos por causa da contaminação com a Peste Suína Africana (ASF, na sigla em inglês). O número representa um aumento de 414.000 animais em relação ao levantamento anterior da organização, de 3 de outubro.

Os dados da FAO foram atualizados até quinta-feira (10/10). Segundo a organização, o balanço da entidade compila informações extraídas dos órgãos federais dos países. Por isso, o levantamento diverge de estimativas do mercado.

A revisão para cima no número de animais abatidos em virtude da infecção se deve principalmente à elevação no número de suínos mortos no Vietnã, que passou de 5 milhões para 5.4 milhões. É a pior condição quanto ao volume de animais levados ao abate sanitário. No país, segundo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural local, a epidemia atingiu 63 províncias, desde o relato da doença em 19 de fevereiro.

A FAO informou ainda que 61 novos focos da doença foram detectados no continente asiático. Dos novos casos registrados, 47 foram identificados no Laos, nove na Coreia do Sul e cinco nas Filipinas. Com a atualização, a FAO estima 530 focos da doença espalhados pela Ásia, em comparação a 469 do relatório anterior da organização.

No Laos, foram detectados 47 novos focos na semana, com a doença atingindo mais três províncias e levando ao abate de cerca de 14.000 animais. Com isso, desde o registro da epidemia em 20 de junho, 141 focos foram relatados em 17 províncias e 39.000 animais foram abatidos.

No levantamento atual, a FAO incluiu também a identificação de nove novos focos da doença na Coreia do Sul. O Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais do país informou que desde que a doença foi notificada, duas cidades foram atingidas, com 14 focos detectados e 39.100 animais abatidos.

Nas Filipinas, cinco novos focos da doença foram identificados, chegando a um total de 20 focos em quatro províncias. Agora, novos casos da epidemia foram reportados nas províncias de Pampanga e Pangasinan. Desde 25 de julho deste ano, quando o Departamento de Agricultura local confirmou o primeiro caso, foram abatidos 37.000 suínos.

Nos demais países afetados pela doença no continente – China, Coreia do Norte, Mongólia, Camboja, Mianmar e Timor Leste, os números ficaram inalterados em relação ao balanço anterior.

A situação mais crítica, em termos de extensão, continua sendo a da China, com 158 focos em 32 províncias, incluindo a região administrativa de Hong Kong. Desde a identificação do surto, em agosto do ano passado, 1.17 milhão de suínos foram abatidos, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país.

No Camboja, segundo o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do país, desde o registro da doença, em 2 de abril, 2.850 animais foram mortos e cinco províncias foram atingidas. Quanto à Mongólia, desde o primeiro caso detectado em 15 de janeiro, 11 surtos foram notificados em seis províncias, levando ao abate de 3.115 animais, ou seja, mais de 10% do plantel do país.

A Coreia do Norte permanece com um foco da doença identificado, desde 23 de maio, levando ao abate de 77 animais. Em Mianmar, desde o primeiro caso detectado pelo governo local em 1º de agosto, a epidemia atingiu aldeias da província de Shan State com quatro focos, levando 163 animais ao abate. No Timor Leste, desde o primeiro caso confirmado em 27 de setembro na capital Dili, 100 focos foram identificados e 405 animais abatidos.

 

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