A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) informou que vê com “serenidade” a decisão do governo federal de zerar as alíquotas de PIS e Cofins para a importação de milho até 31 de dezembro deste ano. Em nota, o presidente institucional da entidade, Cesário Ramalho, indicou que a associação é “defensora histórica do livre comércio”.

A Abramilho destacou na nota que a safra brasileira de milho vem historicamente aumentando e que o produtor ano a ano incorpora novas tecnologias em insumos agrícolas e em ferramentas digitais.

“Além de ser matéria-prima básica para indústria alimentícia e principal insumo para a agroindústria de carnes, o milho também passou a ser altamente demandando para a fabricação de etanol, o que vem abrindo uma nova fronteira de negócios para toda cadeia produtiva”, destacou a entidade.

Ainda do lado da demanda, a associação ressaltou também que o cereal brasileiro vem ganhando espaço no mercado internacional nos últimos anos, em virtude da ampla oferta e da excelente qualidade do milho nacional.

“A atual conjuntura de demanda aquecida combinada a quebras de safra, devido à estiagem, pragas e geadas, é o que vem gerando este cenário de oferta mais limitada e preços mais altos”, justificou a Abramilho.

Plano estratégico

A associação informou ainda que mantém “diálogo constante” com representantes da cadeia produtiva de suínos e frangos de corte e que recomenda a compra antecipada de milho, “a fim de garantir o abastecimento do setor de proteína animal.”

Por fim, a entidade defendeu ser de “fundamental importância” impulsionar a produção nacional de milho. Na avaliação da Abramilho, é necessário estabelecer um plano estratégico de incentivo ao cultivo do grão com apoio direto do governo.

“O produtor precisará do suporte de um plano, ancorado em novas tecnologias, seguro rural abrangente e urgente, não apenas da produção como também da renda do produtor, crédito equilibrado, mecanismos didáticos e eficientes de comercialização antecipada”, argumentou a entidade.

Suínos

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) indicou também em nota que a isenção das alíquotas de PIS/Pasep e Cofins para a importação de milho “é uma forma de o Brasil agropecuário continuar trabalhando”.

A decisão era um pleito da ABCS e de outras entidades do setor, que estavam preocupadas com os altos custos de produção para a suinocultura, após a forte valorização do milho e do farelo de soja utilizados para alimentação animal.

“Em função da quebra da safra de milho, a medida é essencial para dar fôlego aos suinocultores”, disse o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, que acrescentou elogios ao trabalho da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

 

 

Fonte: Broadcast Agro

Equipe SNA