Transcorridos mais de dois meses e meio da interrupção dos embarques de carne bovina para a China, as exportações brasileiras de carnes continuam afetadas de forma significativa. Mas as perdas seguem minimizadas pelo bom desempenho das carnes suína e de frango.

Na média das três primeiras semanas de novembro (1 a 20, 12 dias úteis pelos parâmetros da Secretaria de Comércio Exterior-Secex), os embarques de carne bovina recuaram, pela média diária, 41,62% em comparação com novembro de 2020. Apesar dessa redução, seus preços continuaram em alta (+ 12%) e, com isso, a redução na receita foi proporcionalmente menor, de 34,60%.

Já os embarques de carne suína aumentaram, pela média diária, pouco mais de 13%. Mas não se valorizaram como a carne bovina, pois, ao contrário, seus preços sofreram uma queda de 8,50%. Em decorrência, a receita dessas três semanas aumentou, pela média diária, apenas 3,40%.

A carne de frango continua com aumento no volume e no preço. Até aqui, o volume embarcado cresceu 18,55% pela média diária, sendo acompanhado por uma valorização anual de 33,5% no preço médio. Como resultado, a receita média diária dos primeiros 12 dias úteis de novembro aumentou 58,26%.

Estimados os atuais desempenhos para a totalidade do mês (19 dias úteis), o volume de carne bovina irá recuar 44,54%, ficando em 93.023 toneladas. O de carne suína irá aumentar 7,40%, o correspondente a 81.820 toneladas. E o de carne de frango pode ultrapassar as 365.000 toneladas, com alta de 12,62% em relação a novembro de 2020.

No tocante à receita cambial, os resultados já consolidados sinalizam recuo não só para a carne bovina (cerca de US$ 458.8 milhões, com queda de 37,87%), mas também para a suína (US$ 185.2 milhões, com redução de 1,77%). Assim, o aumento de receita pode ficar restrito à carne de frango. O apontado, por ora, é algo em torno de US$ 646 milhões, 50,34% a mais que um ano atrás.

 

Fonte: AviSite

Equipe SNA