Em suas mais recentes projeções sobre o Valor Bruto da Produção Animal brasileira (VBPA) em 2022, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estimou um faturamento total próximo de R$350 bilhões, resultado que irá significar uma queda de 8,5% sobre o que foi registrado no ano passado.
Nenhum dos cinco produtos analisados pelo Mapa escapa dessa queda. E os maiores retrocessos estão reservados para suínos e frangos, cujo faturamento pode retroceder mais de 17%. Na sequência estão os bovinos e os ovos (-3,4% e -2,0%, respectivamente) e, por fim, o leite (redução de 1,4%).
Esses recuos, porém, não se limitam ao ano passado: repetem-se na comparação com 2020. E, na prática, fazem o VBPA brasileiro alcançar níveis pré-pandêmicos.
Assim, apenas na comparação com 2019 é que se registra alguma expansão – de 3,8% na soma dos cinco produtos, o que representa uma evolução de pouco mais de 1% ao ano no triênio 2020/2022.
Mesmo assim, os dois produtos da avicultura – frangos e ovos – não participam desse incremento. Nas bases atuais, o VBP do ovo tende à estabilidade (redução de 0,1%), enquanto o frango, depois do forte avanço registrado em 2021 (quase 17,5% a mais que em 2020), tende ao menor VBP dos últimos quatro anos.