A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou nesta sexta-feira que 6.954.399 suínos já foram eliminados em países asiáticos por causa da contaminação com a Peste Suína Africana (PSA). O número representa um aumento de 215.000 animais em relação ao levantamento anterior da organização, de 17 de outubro. Os dados da FAO foram atualizados até ontem (24/10) e divergem das estimativas de mercado por contabilizarem somente os números divulgados pelos órgãos oficiais de cada país.

O aumento se deve principalmente ao número de suínos abatidos no Vietnã, que passou de 5.4 milhões para 5.6 milhões. É a pior condição em termos de número de animais levados ao abate sanitário. No país, segundo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, a epidemia atingiu 63 províncias desde o relato da doença, em 19 de fevereiro.

A FAO informou ainda que nove focos novos da doença foram detectados no continente. Destes casos, cinco foram verificados na Coreia do Sul, três nas Filipinas e um no Vietnã. Com a atualização, a FAO estima 574 focos da doença espalhados pela Ásia, contra os 565 do relatório anterior.

No levantamento, a FAO registrou também a identificação de cinco novos focos da doença na Coreia do Sul, incluindo a cidade de Gangwon-do. O Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais do país informou que desde que a doença foi notificada, três cidades foram atingidas, com 28 focos detectados e 54.100 animais eliminados.

Nas Filipinas, três novos focos da doença foram identificados nas províncias de Pangasinan, Nueva Ecija e Cavite, chegando a um total de 23 focos em sete províncias e uma cidade. Na última semana, mais 15.000 animais foram sacrificados. Desde 25 de julho deste ano, quando o Departamento de Agricultura local confirmou o primeiro caso, foram eliminados 62.000 suínos.

Nos demais países afetados, China, Coreia do Norte, Mongólia, Camboja, Mianmar, Laos e Timor Leste, os números ficaram inalterados em relação ao relatório anterior.

A China tem a situação mais crítica em termos de extensão, com 160 focos em 32 províncias, incluindo a região administrativa de Hong Kong. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país, desde a identificação da doença, 1.192 milhão de animais já foram eliminados.

No Camboja, segundo o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do país, desde a identificação da doença, em 2 de abril, 2.850 animais foram mortos e cinco províncias foram atingidas. Quanto à Mongólia, desde o primeiro caso, detectado em 15 de janeiro, 11 surtos foram notificados em seis províncias, levando à eliminação de 3.115 animais, mais de 10% do plantel do país. No Laos, desde a detecção da epidemia, em 20 de junho, 165 focos foram relatados em 17 províncias e 39.000 animais foram eliminados.

A Coreia do Norte permanece com um foco da doença identificado em 23 de maio, o que levou à eliminação de 77 animais. Em Mianmar, desde que o primeiro caso foi detectado pelo governo, em 1º de agosto, a epidemia atingiu aldeias da província de Shan State com quatro focos e já levou ao abate sanitário de 163 animais. No Timor Leste, desde que o primeiro caso foi confirmado, em 27 de setembro, 100 focos foram identificados e 405 animais sacrificados.

 

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