Na produção animal, quem registrou a melhor evolução de preço de julho para agosto foi o frango vivo, cujo cotação média, embora inalterada desde meados do mês passado, registra um aumento mensal em torno de 2,20%, acima, portanto, dos 0,70% de aumento registrado pelo suíno vivo e melhor ainda que os 0,60% da queda do boi em pé.

Além disso, comparativamente às suas duas principais matérias-primas, o frango vivo registrou melhor desempenho que o milho (aumento de 1,26%), só perdendo para o farelo de soja, cujos preços no mês foram 2,50% superiores aos de julho passado.

Mas, sem dúvida, o que mais chama a atenção é a evolução anual de preço do frango vivo, agora num patamar mais próximo ao incremento apresentado pelo milho. Ou seja: enquanto o preço médio do suíno, por exemplo, registrou uma queda anual superior a 5%, o do frango subiu acima dos 50%, ficando distante menos de 20% da correção obtida pelo milho (mais de 70% em um ano).

Isto, porém, não significa que a situação do frango seja agora de tranquilidade. Um ano atrás, nesta mesma ocasião, ele apenas começava a emergir da crise surgida com a pandemia, o que significa que a base de comparação é baixa. O percentual elevado, portanto, não mostra a realidade do mercado. Por sua vez, o milho já registrava, então, aumento anual próximo de 15%.

O melhor, pois, é comparar os preços atuais com aqueles vigentes antes da pandemia, quando o mercado caminhava normalmente.

Assim, tomando por base a média registrada em 2019, se constata que, em relação a uma evolução de 84% no preço do frango vivo, o do milho aumentou 143%. E, claro, o mais afetado, neste caso, continua sendo o suíno vivo, cujo preço desde então foi corrigido em apenas 45% (a despeito da queda no mês, o preço do boi em pé ficou 92% acima da média de 2019).

A mesma interpretação cabe aos preços alcançados nos oito primeiros meses de 2021. Novamente, o frango, comparativamente ao boi e ao suíno, surge com o melhor desempenho. Mas seus preços, na média do período janeiro-agosto de 2020, sofreram pesadamente os efeitos da pandemia e do isolamento social.

 

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