A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançou nesta quarta-feira em Brasília o Comitê Executivo Pecuário. O grupo será formado pela entidade, federações estaduais e pecuaristas com o objetivo de estreitar o relacionamento e discutir estratégias para o desenvolvimento da pecuária.

O presidente da CNA, João Martins, destacou que o acordo Mercosul-União Europeia vai criar um novo parâmetro para a pecuária brasileira. “As exigências vão se multiplicar algumas dezenas de vezes e, mais do que nunca, precisamos estar à disposição dos pecuaristas para ajudá-los a se preparar para esse novo momento do mercado internacional”, disse João Martins na abertura do evento.

Segundo o presidente da Comissão Nacional da Bovinocultura de Corte da CNA, Antonio Pitangui de Salvo, o Comitê pretende promover uma interação com os pecuaristas para levantar os principais pleitos da cadeia.

“A gente sabe que uma das coisas onde somos mais competitivos é a carne bovina. Precisamos estar juntos para enfrentar nossos concorrentes internacionais e fazer com que a gente continue ganhando e continue tendo a melhor, mais farta e mais saudável carne de todo o mundo”, afirmou.

O encontro também incluiu palestras sobre as ações desenvolvidas pela CNA para a pecuária de corte, proferidas pelo superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi; o presidente do Instituto CNA, Roberto Brant, e a coordenadora de Relações Internacionais da CNA, Camila Sande.

O coordenador de Inovação do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Matheus Ferreira, apresentou as iniciativas da entidade voltadas para a bovinocultura de corte, com foco na Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) e no Centro de Excelência em Pecuária de Corte. Outro destaque foi uma exposição sobre o atual cenário político e os impactos na pecuária de corte, com Alcides Torres da Scott Consultoria.

Aprovação

Os pecuaristas que participaram do lançamento do Comitê Executivo Pecuário destacaram a importância da iniciativa. Para eles, o grupo vai unificar demandas e favorecer o crescimento do setor.

“A CNA, sendo um órgão nacional, conseguirá juntar os pecuaristas para pensar como eles podem interferir na política brasileira para ter um melhor comércio internacional, a fim de agregar valor ao seu produto e também ao ativo ambiental, que é uma riqueza dentro das propriedades”, declarou Caio Penido, da Agropecuária Roncador, de Mato Grosso.

Para o pecuarista Cristiano Soares, da AgroSB, o Comitê vai mostrar a sustentabilidade do setor. “Hoje a pecuária brasileira é a mais sustentável do mundo. Temos uma biodiversidade imensa e uma integração lavoura-pecuária que ninguém consegue fazer”.

Também estiveram presentes ao evento o 1° vice-presidente da CNA, Roberto Simões; o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Humberto Miranda; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Mauricio Saito, e o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara.

CNA