No último bimestre de 2021, as condições de mercado fizeram o boi em pé viver dois momentos absolutamente antagônicos: no início de novembro, com o embargo chinês à carne bovina ainda em vigor, os preços do boi retrocederam para o menor nível do exercício passado.

Já 60 dias depois, isto é, no final do ano, com a reabertura do principal mercado, os preços pagos pelo animal vivo, com variação mensal de quase 9%, alcançaram os maiores preços de todos os tempos.

Não foi o que aconteceu com o frango e o suíno vivos. Em dezembro, os preços deste último caíram 5,50%, retrocedendo ao menor preço do segundo semestre.

Pior no mês, porém, foi o desempenho do frango, pois seu preço médio, mais de 8% inferior ao de novembro, recuou para patamares próximos dos registrados em abril. Nominalmente, é bom ressaltar, pois considerada a inflação de 2021, o preço de dezembro foi, senão o menor, um dos menores do ano passado.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, essa perda foi revertida. Mas só aparentemente, pois o aumento registrado pelo frango vivo, de 12,41%, mal compensou a inflação acumulada no período, ficando visivelmente abaixo dos custos de produção.

No entanto, sob esse aspecto, muito mais inferior foi o desempenho do suíno. Pois seu preço em dezembro passado registrou queda superior a 10% em comparação aos preço registrados um ano antes. Salvou-se, pois, apenas o boi. Menos dependente do milho e do farelo de soja, teve seus preços corrigidos em 20%.

Em termos anuais, quem teve o melhor desempenho foi o frango vivo, cujo preço médio foi corrigido em mais de 43%. Mas esse aumento é reflexo, também, dos baixos preços registrados em 2020 com o surgimento da pandemia.

Os preços do boi, por seu turno, registraram aumento de pouco mais de um terço em relação a 2020, enquanto o suíno continuou registrando o mais fraco desempenho entre os três animais: apenas 8,60% de correção em comparação com a média do ano retrasado.

Neste caso, não só o suíno, mas também o frango, perdem feio de sua principal matéria-prima, o milho, cujo preço em 2021 ficou 55% mais caro que em 2020. O farelo de soja, com comportamento mais comedido, registrou variação de 31,67%.

Fonte: AviSite
Equipe SNA