Apresentando desempenho inteiramente oposto ao tradicionalmente esperado (é período de entressafra, momento de alta das carnes), frango, boi e suíno vivos registraram, em agosto, queda de preços em relação ao mês anterior.

É verdade que o frango manteve a mesma cotação de julho e, portanto, sua variação de preço é igual a “zero”. Mas não se pode ignorar a inflação do período. Portanto…

De qualquer forma, neste caso a perda maior foi a do suíno, que após ter alcançado valores recordes em julho passado, fecha agosto com queda de preço que gira em torno dos 14%. Já o boi também manteve, como o frango, quase a mesma cotação do mês anterior, com redução inferior a 0,10%.

Em comparação ao mesmo mês de 2018 ou à inflação acumulada nos 12 últimos meses, não há perdas, pois, em relação a uma inflação pouco superior a 5%, o boi registra alta de 8%; o frango, de 10% e o suíno, de quase 27%.

Mas o ganho, se é que houve, não foi tão grande quanto aparenta. Em 2018, por exemplo, o suíno fechou os oito primeiros meses do ano acumulando queda de preço de cerca de 20% em relação a idêntico período anterior. O melhor, neste caso, é tomar como base de comparação espaços de tempo mais longos, de dois anos.

É quando se constata que o frango vivo, apesar de uma evolução de preços bastante superior à inflação acumulada (27,64% contra 7,50%), apenas acompanha, de perto, mas ainda aquém, o preço de sua principal matéria-prima, o milho, cujo preço, em dois anos, registra variação de 28,65%.

 

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