As exportações brasileiras de carne de frango in natura recuaram em agosto, após terem registrado um dos maiores volumes da série no mês anterior. Apesar da queda dos embarques, o alto preço pago pela mercadoria exportada e o dólar valorizado garantiram que a receita recebida pelo setor em moeda nacional se mantivesse elevada.

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 351.140 toneladas de carne de frango in natura em agosto, 10,30% abaixo das vendas de julho, mas ainda 3,10% acima das de agosto/20.

Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), embora a demanda mundial por carne siga aquecida, alguns entraves logísticos acabaram limitando os embarques no último mês.

Na China, o principal destino da carne brasileira, o fechamento temporário de um dos principais portos travou os envios nacionais para o país na segunda quinzena.

Além disso, agentes brasileiros relataram falta de navios e de contêineres. Com a demanda internacional elevada e dificuldades em escoar produtos, os preços externos da carne de frango subiram.

Em agosto, o preço da proteína embarcada pelo Brasil atingiu US$ 1,76/kg, com alta de 2,20% relação ao de julho, 31,8% acima do de agosto de 2020 e o maior patamar desde dezembro de 2014, segundo a Secex. Em reais, a receita foi de R$ 3.25 bilhões.

 

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