Independentemente dos resultados abaixo serem preliminares, está claro que em maio, enfim, o suíno começou a desencantar: registrou no mês um aumento de 5,61% e em relação a maio de 2018, apresentando variação de 45%, percentual que o aproxima do frango vivo, cujo preço permanece mais de 50% acima do registrado um ano atrás. Isto, ainda que o aumento registrado de abril para maio corrente tenha sido mínimo (1,41%).

Nesse cenário, o mais fraco desempenho foi do boi em pé, dado que sua cotação tende a uma redução próxima de 2% em relação ao mês anterior e a um aumento pouco superior a 11% em relação a maio de 2018.

É importante notar, de toda forma, que esse é o comportamento natural do mercado do boi neste período, mas também que os desempenhos do frango e do suíno representam uma exceção. Ou seja: considerado o comportamento sazonal dos animais produtores de carnes (safra e entressafra) é no bimestre maio-junho de cada exercício que, puxados pelo boi, os preços das três carnes se retraem aos mais baixos patamares do ano.

Isso só não vem ocorrendo com o frango e o suíno porque o mercado internacional, frente à crise de abastecimento desencadeada pelo surto de febre suína africana na Ásia e em outros continentes, está demandando mais produto. Porém, no tocante ao frango, especificamente, pesa também o fato de a atual capacidade de produção do setor ter decrescido em relação aos três anos anteriores.

Em outras palavras, a avicultura de corte, como não se via há anos, opera com um potencial produtivo bem mais ajustado às necessidades do mercado. O que não significa que a situação do setor seja extremamente confortável.

Basta observar, a propósito, que a evolução de preços do frango nestes cinco primeiros meses de 2019, embora 24% superior à de idêntico período de 2017, não está muito acima da alcançada pelas duas principais matérias-primas do setor, milho e farelo de soja, cujos preços, no mesmo período, evoluíram também mais de 20%.

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